postado em 26/05/2014 18:38
A Polícia Federal (PF) procura seis investigados por supostamente integrarem uma organização criminosa dedicada ao tráfico internacional de drogas. Entre os foragidos da Operação Águas Profundas, deflagrada na última sexta-feira (23/5), está o homem que a polícia diz chefiar o esquema investigado há dois anos e meio.Quatro suspeitos de fazer parte da quadrilha foram presos entre a última sexta-feira e o início da tarde desta segunda-feira (26/5). Segundo a assessoria da PF, duas prisões ocorreram em Goiás. As outras duas, no estado de São Paulo, durante o último fim de semana.
A polícia não informa a identidade de nenhum dos investigados, mas o delegado responsável pela operação, Bruno Gama, revelou que o suposto líder da organização é procurado pela Interpol. Como há pelo menos 160 brasileiros no cadastro de pessoas procuradas pela polícia internacional pelos mais diversos crimes, não é possível, a partir da consulta ao site da Interpol, afirmar qual deles é o possível chefe do esquema.
De acordo com a PF, a quadrilha atuava com um alto grau de sofisticação, tendo uma estrutura logística com alcance em diversos setores, desde aeroportos, portos, despachantes aduaneiros, casas de câmbio, construtoras, hotel, fazendas e agropecuárias.
Informações obtidas com o apoio Receita Federal permitiram identificar e sequestrar, com autorização judicial, 46 imóveis registrados em nome de integrantes do grupo ou de pessoas próximas a eles. Entre os imóveis há 26 lotes, nove fazendas, nove apartamentos, seis casas, um hotel, uma chácara e um box de garagem. A PF estima que, somados, o valor de todos os imóveis chegue a aproximadamente R$ 100 milhões. Foram apreendidos também dezenas de veículos e bloqueadas contas bancárias.
Os últimos seis mandados de prisão preventiva, 47 de busca e apreensão e 28 de condução coercitiva (quando o citado é levado a prestar depoimento e liberado em seguida) são cumpridos em 16 cidades de sete estados: Goiânia, Aparecida de Goiânia, Goiatuba e Rio Verde, em Goiás; Guarujá, Ribeirão Preto e Bertioga; São Paulo, Campinas e Santos, em São Paulo. Há investigações ainda em Belém e Icoaraci (PA), Belo Horizonte (MG) e Londrina (PR); São José do Xingu (MT) e Itajaí (SC).