Jornal Correio Braziliense

Brasil

Vigilantes em greve há 34 dias no Rio de Janeiro tentam acordo no TRT

A situação dos vigilantes bancários faz com que a população não possa efetuar operações em dinheiro diretamente nos caixas, em muitas agências, por falta de segurança

Os trabalhadores em vigilância, parados há 34 dias em diversas cidades do estado do Rio de Janeiro, principalmente os seguranças bancários, tentam um acordo para acabar com a greve. Amanhã (28) haverá audiência de conciliação do dissídio coletivo dos sindicatos dos vigilantes e o sindicato patronal no Tribunal Regional do Trabalho (TRT). A situação dos vigilantes bancários faz com que a população não possa efetuar operações em dinheiro diretamente nos caixas, em muitas agências, por falta de segurança.

De acordo com o vice-presidente do Sindicato dos Vigilantes do Município do Rio de Janeiro, Antônio Carlos de Oliveira, a categoria espera entrar em acordo na audiência de amanhã. Ressaltou, contudo, que "o sindicato das empresas não quis negociar neste ano, e agiu de maneira irresponsável com o acordo salarial. Eles desrespeitaram a categoria, desrespeitaram a Justiça do Trabalho, além de desrespeitarem a sociedade, que está sofrendo com a nossa greve, pois não podem ir ao banco pagar as contas. Nós esperamos que amanhã saia algum resultado que resolva o problema da greve".



A categoria reivindica 10% de reajuste salarial, 30% adicional de risco de vida e periculosidade, aumento do vale-refeição para R$ 20, diária de R$ 180 para os vigilantes que trabalharem na Copa do Mundo com carteira assinada, além de redução da jornada de trabalho, plano de saúde e avanços nas cláusulas sociais.

O Sindicato das Empresas de Seguraça Privada (Sindesp-RJ) informou, em nota, que já foi assinado eordo com 50% dos sindicatos dos vigilantes do estado do Rio, com aumento de 8% no salário, 30% no tíquete-refeição e regulamentação da lei de eventos. A nota assegura que as empresas vão pagar em maio o reajuste para todos os vigilantes, retroativo a março.

Segundo o presidente do Sindesp-RJ, Frederico Crim Câmara, ;o sindicato de vigilantes, que ainda não assinou, solicita um acordo inviável, com aumento de 10% no salário, 50% no tíquete, além de risco de vida, e está irredutível. A categoria já ganhou, ano passado, um adicional de 30% de periculosidade, substituindo o risco de vida;.

O sindicato patronal informa ainda que obteve liminar do TRT, estipulando multa de R$ 15 mil por agência, no caso de descumprimento por parte do sindicato dos trabalhadores. ;O sindicato já entrou com pedido de cobrança dessa multa, que deve ultrapassar R$ 3,6 milhões em todo o estado;, disse Frederico Crim.