postado em 31/05/2014 11:41
Depois de três anos e meio fechado para restauração, o antigo Memorial da Imigração, em São Paulo, reabre neste sábado (31/5), repaginado e com novo nome: Museu da Imigração do Estado de São Paulo.
Esta foi a primeira grande reforma do prédio, que teve sua construção finalizada em 1888. A reforma custou em torno de R$ 20 milhões, e demorou três anos e meio para poder se adequar à função que tem hoje. Ou seja: para receber público e preservar o acervo, que tem mais de 12 mil itens doados por comunidades de imigrantes, migrantes e descendentes, disse Marília Bonas, diretora executiva da instituição, em entrevista à Agência Brasil.
Segundo ela, as reformas permitiram que o museu ficasse acessível a todos os públicos, mais seguro e com climatização adequada para o acervo. ;E esse foi um desafio, já que o edifício é tombado;, disse ela.
O prédio do museu, no bairro do Brás, limite com a Mooca, na zona leste da capital, serviu como hospedaria para imigrantes de 1887 a 1978. Por ele passaram mais de 2,5 milhões de pessoas, de mais de 70 nacionalidades. Em 1982 ele foi tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado (Condephaat).
;O edifício foi construído em um projeto político para atrair mão de obra estrangeira para as plantações de café, depois da abolição da escravatura. Era um projeto ideológico muito forte e político, com grande investimento, e para isso construíram um grande complexo de hospedaria para acolher a mão de obra desejada pelo governo de São Paulo, no final do século 19;, explicou Marília. A partir de 1930, a hospedaria passou a funcionar como área de refúgio e de assistência social, atendendo também a migrantes. Em 1995, foi criado o Memorial do Imigrante.
Alguns atrativos do antigo Memorial do Imigrante permanecem, como o passeio de Maria Fumaça. Uma das novidades é a exposição de longa duração Migrar: Experiências, Memórias e Identidades, que vai contar em oito módulos como o processo migratório ainda continua no país. Para isso, a exposição contará com documentos, fotos, vídeos, depoimentos e diversos objetos. Mais de 200 itens do acervo serão apresentados, de malas a mobiliários da antiga hospedaria. ;Tem uma sala que reproduz o refeitório da hospedaria, e outra, um dormitório, para aproximar as pessoas da vivência [de então];, falou Marília.
A ideia, segundo ela, é fazer uma aproximação com a questão da imigração contemporânea. ;A exposição faz um panorama da imigração no Brasil, principalmente em São Paulo. Ela conta com bastante recurso tecnológico, várias projeções e multimídias, para que o público viva uma espécie de imersão na experiência da imigração, tanto no passado quanto hoje;, falou.
Um módulo da exposição também vai apresentar a cidade de São Paulo pela perspectiva dos bairros Bom Retiro, Mooca, Brás e Santo Amaro, homenageando com imagens e vídeos as referências a imigrantes inscritas nas festividades, nos traços arquitetônicos e nas transformações culturais presentes naquelas regiões. Outro espaço pretende discutir a imigração nos dias atuais, por meio de um painel interativo que forma um mosaico de rostos de pessoas com diversas origens, que passaram recentemente pela experiência de deslocamento.
Entre junho e julho, o Museu da Imigração será gratuito. Depois, o ingresso custará R$ 6. Mais informações poderão ser encontradas no site www.museudaimigracao.org.br, no qual também se pode acessar o acervo digitalizado do museu.
Esta foi a primeira grande reforma do prédio, que teve sua construção finalizada em 1888. A reforma custou em torno de R$ 20 milhões, e demorou três anos e meio para poder se adequar à função que tem hoje. Ou seja: para receber público e preservar o acervo, que tem mais de 12 mil itens doados por comunidades de imigrantes, migrantes e descendentes, disse Marília Bonas, diretora executiva da instituição, em entrevista à Agência Brasil.
Segundo ela, as reformas permitiram que o museu ficasse acessível a todos os públicos, mais seguro e com climatização adequada para o acervo. ;E esse foi um desafio, já que o edifício é tombado;, disse ela.
O prédio do museu, no bairro do Brás, limite com a Mooca, na zona leste da capital, serviu como hospedaria para imigrantes de 1887 a 1978. Por ele passaram mais de 2,5 milhões de pessoas, de mais de 70 nacionalidades. Em 1982 ele foi tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado (Condephaat).
;O edifício foi construído em um projeto político para atrair mão de obra estrangeira para as plantações de café, depois da abolição da escravatura. Era um projeto ideológico muito forte e político, com grande investimento, e para isso construíram um grande complexo de hospedaria para acolher a mão de obra desejada pelo governo de São Paulo, no final do século 19;, explicou Marília. A partir de 1930, a hospedaria passou a funcionar como área de refúgio e de assistência social, atendendo também a migrantes. Em 1995, foi criado o Memorial do Imigrante.
Alguns atrativos do antigo Memorial do Imigrante permanecem, como o passeio de Maria Fumaça. Uma das novidades é a exposição de longa duração Migrar: Experiências, Memórias e Identidades, que vai contar em oito módulos como o processo migratório ainda continua no país. Para isso, a exposição contará com documentos, fotos, vídeos, depoimentos e diversos objetos. Mais de 200 itens do acervo serão apresentados, de malas a mobiliários da antiga hospedaria. ;Tem uma sala que reproduz o refeitório da hospedaria, e outra, um dormitório, para aproximar as pessoas da vivência [de então];, falou Marília.
A ideia, segundo ela, é fazer uma aproximação com a questão da imigração contemporânea. ;A exposição faz um panorama da imigração no Brasil, principalmente em São Paulo. Ela conta com bastante recurso tecnológico, várias projeções e multimídias, para que o público viva uma espécie de imersão na experiência da imigração, tanto no passado quanto hoje;, falou.
Um módulo da exposição também vai apresentar a cidade de São Paulo pela perspectiva dos bairros Bom Retiro, Mooca, Brás e Santo Amaro, homenageando com imagens e vídeos as referências a imigrantes inscritas nas festividades, nos traços arquitetônicos e nas transformações culturais presentes naquelas regiões. Outro espaço pretende discutir a imigração nos dias atuais, por meio de um painel interativo que forma um mosaico de rostos de pessoas com diversas origens, que passaram recentemente pela experiência de deslocamento.
Entre junho e julho, o Museu da Imigração será gratuito. Depois, o ingresso custará R$ 6. Mais informações poderão ser encontradas no site www.museudaimigracao.org.br, no qual também se pode acessar o acervo digitalizado do museu.