postado em 05/06/2014 20:17
Em assembleia na noite desta quinta-feira (5/6), os metroviários decidiram manter a greve iniciada na manhã desta quinta-feira na capital paulista. A categoria voltou a recusar a proposta de reajuste de 8,7% de aumento apresentada pela direção da empresa. Durante a tarde, representantes da companhia e do sindicato tentaram entendimento em uma audiência no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 2; Região. Uma nova assembleia está marcada para as 17h desta sexta-feira (6/6).Para o presidente do sindicato, Altino Prazeres, falta vontade do governo estadual para negociar com a categoria. ;O governo precisa ter sensibilidade com os trabalhadores;, afirmou Prazeres após a assembleia. Na ocasião, os metroviários aprovaram a proposta de um dia de passagens gratuitas para os usuários.
;Propomos a catraca livre, inclusive com desconto do dia do trabalhador, para mostrar a nossa disposição de negociar e deixar que a população possa se locomover na cidade de São Paulo;, ressaltou o sindicalista, ao comentar a proposta. Para viabilizar a gratuidade, os metroviários se dispuseram a abrir mão de um dia de salário. Na audiência no TRT, a sugestão foi rejeitada pelos dirigentes da empresa.
Prazeres disse que, sem o aval do governo, a gratuidade traria riscos para os passageiros. ;A catraca livre, se for por opção da categoria, sempre tem uma ameaça de repressão da Polícia Militar. Nós queríamos fazer uma catraca livre onde a população ficasse à vontade, em que um senhor de idade, uma grávida, pudessem entrar no sistema sem ter que ficar pulando a catraca;, explicou.
De acordo com o sindicalista, os metroviários não estão dispostos a obedecer aos percentuais mínimos de funcionamento estabelecidos em decisão judicial. ;Funcionar 100% no horário de pico é impossível, porque, na verdade, isso é acabar com a greve;, disse Prazeres sobre a liminar que determina operação total do sistema entre as 6h e as 9h e das 16h às 19h. Nos demais horários, a exigência é que o funcionamento fique em 70% da capacidade.