Brasil

Militantes do movimento sem-terra ocupam fazenda em Tocantins

Segundo o MST, o processo de desapropriação tramita há mais de três anos no Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária

postado em 10/06/2014 13:03
Sem-terra ocupam, desde o último sábado (7/6), uma fazenda em Porto Nacional (TO), cidade a cerca de 25 quilômetros da capital do estado, Palmas. Ligados ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), os ocupantes pedem pressa na desapropriação da Fazenda Nossa Senhora do Carmo (antiga Dom Augusto).

Segundo o MST, o processo de desapropriação tramita há mais de três anos no Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). Durante esse período, eles permanecem acampados às margens da rodovia TO-050, à espera da criação do assentamento.

De acordo com o dirigente estadual do MST, Messias Vieira Barbosa, cerca de 150 trabalhadores rurais sem terra estão acampados junto a uma das sedes da fazenda. Embora não haja, até o momento, registros de violência, o clima no local é ;bastante tenso;, conforme afirmou Barbosa.



;Há seguranças armados no local e a tendência é de que mais trabalhadores cheguem a qualquer momento. A polícia militar está fazendo rondas na área;, disse Barbosa.

De acordo com o MST, a fazenda foi instalada a partir da "apropriação indevida, uma verdadeira grilagem de terras públicas da União e do governo do estado do Tocantins". Além disso, o movimento garante que o Incra concluiu que os representantes da fazenda Dom Augusto não apresentaram os documentos que confirmem o domínio legal da área.

A reportagem entrou em contato com a superintendência do instituto, mas ainda não conseguiu conversar com nenhum dos responsáveis pelo órgão.

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