A ação da polícia em São Paulo nos protestos contra a realização da Copa do Mundo no Brasil e a atuação da Seleção Brasileira na partida de estreia contra a Croácia foram os principais destaques da imprensa internacional sobre o primeiro dia do Mundial.
Para o jornal britânico The Guardian, a cerimônia de abertura foi considerada "decepcionante". O jornal destacou o contraste entre protestos contidos pela polícia com balas de borracha e gás lacrimogêneo e a festa dentro da Arena Corinthians, o Italquerão, em que a Federação Internacional de Futebol (Fifa) dizia à imprensa que o principal objetivo do torneio é "promover a paz mundial".
O norte-americano The New York Times traz a manchete "Futebol e discórdia interna, em exposição para o mundo ver". O diário citou a greve de motoristas de ônibus em Natal e os protestos em Belo Horizonte, Porto Alegre, no Rio de Janeiro e em São Paulo. Segundo o The New York Times, na capital paulista, apesar dos protestos terem ocorrido na maioria de forma pacífica, "em certos pontos alguns manifestantes mascarados também atiraram pedras e garrafas na direção da polícia". O jornal citou ainda a hostilização de torcedores à presidenta Dilma Rousseff e à Fifa.
O diário francês Le Monde diz que o jogo de abertura entre Brasil e Croácia, na quinta-feira (12/6), foi palco da primeira controvérsia no Mundial e destaca o erro na arbitragem do jajaponês Yuichi Nishijmura que favoreceu a Seleção Brasileira por um pênalti, que resultou num gol de Neymar.
Além de uma matéria com críticas ao desempenho brasileiro no jogo contra a Croácia, o espanhol El País traz também outra manchete. O periódico traz como manchete ;A euforia toma conta do Brasil na hora do futebol; e destaca que a eficiência no transporte público em São Paulo surpreendeu até os brasileiros. Em outro destaque ;As manifestações ofuscam a estreia;, o El País aborda os protestos, na capital paulista, contra a Copa. O jornal também citou os xingamentos e as vaias a Dilma.