Jornal Correio Braziliense

Brasil

Secretário estima que 150 mil argentinos passem pelo estado do Rio na Copa

No ano passado, outra invasão de argentinos tomou conta das ruas do Rio com a JMJ, que, na visão do ministro da Secretaria de Aviação Civil, Moreira Franco, dificilmente será superada

Os torcedores argentinos foram em peso para o Rio de Janeiro neste fim de semana para a estreia contra a Bósnia e lideram o grupo dos turistas latinos no Mundial e devem ter grande participação no evento. A Secretaria Estadual de Turismo estima que 50 mil argentinos estiveram na cidade para assistir à partida e que cada um deles gastou, em média, R$ 1 mil.

"E nem todos vêm para ir ao estádio. A [Fifa] Fan Fest estava lotada e, segundo a prefeitura, 15 mil eram argentinos", disse o secretário Claudio Magnavita. Ele calcula que 500 mil latinos, dos quais 150 mil argentinos, deverão passar pelo estado do Rio durante a Copa. Magnavita ressaltou que os argentinos não se limitam à capital: "quem estava no Rio pôde ver um grande número de argentinos na rodoviária partindo para Búzios e Petrópolis. É uma massa que descobriu o interior do estado."

No ano passado, outra invasão de argentinos ; e de latinos, de forma geral ; tomou conta das ruas do Rio com a Jornada Mundial da Juventude [JMJ], que, na visão do ministro da Secretaria de Aviação Civil, Moreira Franco, dificilmente será superada. "Nenhum evento vai trazer, de maneira concentrada, o número de latinos que tivemos com a JMJ. Tenho recomendado à Infraero [Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária] e aos novos concessionários e operadores dos aeroportos que devem ter sinalização em espanhol. O número de turistas que falam espanhol e que vêm ao Rio é superior ao dos que falam inglês", destacou.



Já o ministro do Turismo, Vinícius Lages, ressaltou que, apesar do grande número de estrangeiros trazidos pelo evento religioso, houve ociosidade na rede hoteleira. "A JMJ teve uma hospedagem alternativa, e tivemos ociosidade na capacidade hoteleira do Rio de Janeiro. As pessoas se hospedavam principalmente em igrejas e clubes."

Magnavita disse que, ontem (15), fez o percurso que um argentino faria saindo do Aeroporto Santos Dumont em direção ao estádio, usando o transporte público e vestindo o uniforme azul e branco. Segundo o secretário, tanto no ônibus quanto no metrô e no caminho feito a pé, tudo correu bem, mas houve um problema no estádio. "Não houve padrão Fifa nas lanchonetes. Faltou comida, principalmente no Setor C. Algumas não se prepararam em termos de capacidade elétrica e forno, e a Vigilância Sanitária estava lá para impedir que alimentos não acondicionados fossem vendidos", ressaltou Magnavita.