Brasil

Sobe para 14 o número de detidos durante protesto contra a Copa em Curitiba

Os detidos foram encaminhados pela Polícia Militar do Paraná ao 1º Distrito Policial, com exceção de dois menores de idade apreendidos

postado em 16/06/2014 21:47
O número de manifestantes detidos por vandalismo e depredação de patrimônio público e privado sobiu para 14 em Curitiba, segundo balanço parcial do Centro Integrado de Comando e Controle Regional (CICCR). O número ainda pode aumentar com a análise de câmeras de segurança pela polícia.

Os detidos foram encaminhados pela Polícia Militar do Paraná ao 1; Distrito Policial, com exceção de dois menores de idade apreendidos, que foram acompanhados até a Delegacia do Adolescente. Eles participavam do protesto que ocorreu nas proximidades da Arena da Baixada, onde as seleções do Irã e da Nigéria se enfrentaram hoje.

A manifestação começou pacífica no centro de Curitiba, na Boca Maldita. De lá, os ativistas se dirigiram à Arena da Baixada. Antes de se aproximarem do estádio foram impedidos de avançar pelo bloqueio policial que cercava o local. Não houve confronto. Um grupo decidiu voltar ao centro e, no caminho, quebraram vidraças, picharam um ônibus e um muro com a frase "Fifa, go home (vá para casa).


De acordo com o CICCR, todas as ações foram acompanhadas em tempo real e de forma permanente por videomonitoramento. As imagens geradas pelo equipamento serão encaminhadas à Polícia Judiciária para posterior identificação de outros envolvidos nos atos criminosos registrados nesta segunda-feira.

O ato foi organizado pela internet. "Este é um momento decisivo para o povo. Ou somos coniventes ou somos combatentes quanto à Copa do Mundo no Brasil", dizia a descrição do evento Não Vai Ter Copa, que teve 2,6 mil confirmações no Facebook.

A intenção dos manifestantes era mostrar a indignação com a organização do Mundial, com ênfase nas remoções de famílias para dar espaço às grandes construções e nas mortes em acidentes de trabalho em canteiros de obras da Copa: três em São Paulo, quatro em Manaus, uma em Brasília e uma em Cuiabá.

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