postado em 18/06/2014 17:34
Agentes de vigilância em saúde protestaram nesta quarta-feira (18/6) por reajuste salarial e melhores condições de trabalho na Igreja da Penha, zona norte do Rio de Janeiro. Em greve desde 6 de junho, os agentes, conhecidos como mata-mosquitos, denunciaram também o fato de lidarem com veneno para a dengue sem proteção. Entre outras reivindicações, cobram luvas, botas e protetor solar.De acordo com a representante dos agentes de vigilância em saúde, Sandra Amado, a categoria quer um reajuste de R$ 990 para R$ 1,4 mil nos salários, equiparação do tíquete-refeição com o dos garis, de R$ 20 por dia, gratificação pelo trabalho de campo, reajuste no vale-transporte, Plano de Carreira, além do fornecimento dos equipamentos de proteção individual.
;Enfrentamos a dengue combatendo a larva do mosquito, com larvicida, que é veneno. Então, precisamos de proteção, estamos em contato diário com o produto;, destacou Sandra. Ela denunciou a falta de luvas, máscaras, botas e protetor solar. ;Principalmente no verão, quando aumentam as ações na rua (por conta do aumento da proliferação do mosquito);, completou. A Secretaria de Saúde disse que não recebeu as reivindicações da categoria oficialmente.
Os agentes de vigilância somam cerca de 2,5 mil trabalhadores, vinculados à Secretaria Municipal de Saúde. Eles fazem ações de esclarecimento, vistorias e aplicam remédio para dengue, quando necessário. As assembleias da categoria são realizadas em frente ao prédio da prefeitura, no centro. A próxima está marcada para o dia 24 de junho.
O protesto coincidiu com o lançamento da campanha de enfrentamento ao tráfico de pessoas, mais cedo, na Igreja da Penha, pelo governo do estado e a Arquidiocese do Rio de Janeiro.