Brasil

Guarda Municipal retira carros de chilenos e argentinos de Copacabana

Os carros, motorhomes, trailers e vans serão levados para o Terreirão do Samba. Já os ônibus serão transferidos para outro lugar, ainda não definido pela prefeitura

postado em 20/06/2014 13:47
Os carros de turistas sul-americanos, a maioria chilenos e argentinos, estacionados na orla da Praia de Copacabana e do Leme, na zona sul do Rio, estão sendo removidos nesta sexta-feira (20/6) para o Terreirão do Samba, na Praça Onze, no centro. A operação conjunta da Guarda Municipal (GM-Rio) e Secretaria de Ordem Pública (Seop) visa a acabar com o estacionamento irregular na orla do Rio. Os torcedores estavam estacionados no local há uma semana e muitos estão usando os veículos como moradia.

Os turistas foram abordados pelos guardas municipais logo cedo e deverão deixar o local no decorrer do dia em comboios. Os carros, motorhomes, trailers e vans serão levados para o Terreirão do Samba. Já os ônibus serão transferidos para outro lugar, ainda não definido pela prefeitura.

O diretor de operações da Guarda Municipal, Marcelo Esteves, informou que os veículos que estiverem vazios serão rebocados para o Terreirão. Serão colocados avisos para os motoristas indicando o local para onde os carros foram levados. De acordo com a Guarda Municipal, o espaço tem banheiros químicos, equipes de limpeza, venda de comida e bebida.

;Estamos montando comboios com os veículos que estão estacionados aqui e eles serão levados para o Terreirão, onde tem mais conforto para que eles fiquem alojados lá. Temos entre 40 e 50 veículos aqui. A demanda deles [turistas] era essa. Eles querem um local que eles fiquem para participar da Copa;, explicou.

[SAIBAMAIS]Segundo Esteves, vários locais turistas foram montados na cidade para abrigá-los, mas a orla de Copacabana e do Leme não era um deles. ;Nós observamos a chegada deles aqui e agora estamos montando essa operação para levá-los para lá, justamente porque aqui já se mostrou um local não adequado para que eles fiquem. Lá, tem uma estrutura melhor para eles. Nós temos várias estruturas pela cidade. O Terreirão agora está sendo montado para que seja corrigido isso aqui;.

O chileno Afonso Ciappa, de 26 anos, reclamou por ter de sair da orla do Leme e disse que não sabe se vão seguir o comboio da Guarda Municipal ou irá para outro lugar. ;Creio que houve pouquíssimo critério porque o Chile joga segunda [23] em São Paulo. Todos os chilenos vão embora amanhã ou domingo [22]. São dois dias que poderíamos ficar aqui. Ficamos uma semana aqui e nada aconteceu. Estão armando todo esse problema que nos complica. Não teremos outro lugar para ficar. Eles querem nos colocar em outro lugar que fica a 20 minutos daqui. Estamos analisando a situação;, disse.

Momentos antes da chegada dos guardas municipais, o empresário Carlos Mansilla, de 30 anos, disse que ninguém cobrou nenhuma quantia em dinheiro para que ficassem estacionados na orla da zona sul. Mansilla e mais seis chilenos chegaram no Rio há uma semana e vão no domingo (22/6) para São Paulo, para assistir ao jogo entre Chile e Holanda, na segunda-feira (23), às 13h, na Arena Corinthians.



;Não tivemos nenhum problema. Ninguém cobrou nenhum dinheiro para ficarmos aqui na orla. A polícia está muito de boa. Não tivemos problema nenhum. A gente só está esperando para saber onde será o próximo jogo do Chile [das oitavas de final] para saber para onde teremos que nos mudar depois;, disse.

Muitas pessoas que passavam pela orla no momento da retirada dos turistas reclamaram da ação da Guarda Municipal. Segundo eles, os estrangeiros não estão atrapalhando o trânsito da zona sul e levaram alegria para o ambiente.

;Eu sou moradora aqui do bairro e achei que nessa época a gente ia ter uma confusão maior. Eu estava comentando com o meu marido que está muito legal, eles estão muito comportados, estão dando um astral aqui para o bairro. Não estão incomodando de jeito nenhum. É uma pena porque aqui é um lugar bonito, eles podem aproveitar a areia. Mas, se a prefeitura está fazendo, deve ter as razões dela. Eu, por mim, como moradora, não estou nem um pouco incomodada com a presença deles não. Estou achando muito legal;, disse a professora Claudia Capello, que mora há 14 anos no Leme.

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