postado em 21/06/2014 15:57
Aproveitando a passagem da família real da Bélgica pelo Rio de Janeiro para assistir ao confronto com a Rússia, amanhã, no Maracanã, o consulado geral do país europeu organizou neste sábado (21/6) a reinauguração da Avenida Rainha Elisabeth, que liga Copacabana a Ipanema, em uma homenagem ao rei Alberto I e à rainha Elisabeth. Os monarcas vieram ao Brasil em 1920, na primeira visita de Estado recebida pela República. "O rei retornou dessa visita com uma ideia de que a Bélgica, com muita capacidade em minas e ferrovias, tinha muito a fazer no Brasil. Tanto que, em 1922, foi fundada a mineradora Belgo-Mineira", destacou o cônsul-geral, Bernard Quintin.
A visita de Alberto e Elisabeth durou seis semanas e, em homenagem à passagem deles, foi inaugurada a Avenida Rainha Elisabeth e um busto do rei na esquina com a Rua Conselheiro Lafaiete. No ato de hoje, flores foram deixadas sob a estátua e fotos da visita foram dispostas em uma exposição, que foi vista pelo bisneto de Alberto I, o rei Philippe, e pela rainha Matilde, que hoje ocupam o trono do país. A banda do Grupamento dos Fuzileiros Navais tocou o hino da Bélgica e o do Brasil e os chefes de Estado foram recebidos pela primeira-dama do Rio, Maria Lúcia Horta Jardim.
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O subsecretário de relações internacionais da secretaria de Casa Civil do governo do Rio, Pedro Spadale, acompanhou a visita e destacou as expectativas de novas parcerias entre os dois países. "Hoje teremos um almoço de trabalho em um hotel do Rio, voltado para os Jogos Olímpicos, com autoridades e empresas belgas e brasileiras. A ideia é aprofundar a parceria no plano político e econômico", disse ele, explicando que as relações comerciais entre o Brasil e a Bélgica cresceram nos últimos cinco anos.
Já o coordenador de relações internacionais da prefeitura, Laudemar Aguiar, disse que será apresentado aos belgas o projeto da cidade para os jogos, na busca de cooperação na área de tecnologia e de infraestrutura. "Eles vão mostrar o que interessa a eles na parte de infraestrutura. É um encontro que tem um lado histórico-político e um lado empresarial". Junto com a realeza, estavam na comitiva integrantes do governo belga, como os ministros da Defesa e das Relações Exteriores.
Além das autoridades, o rei e a rainha da Bélgica encontraram uma carioca que também guardava parte da história da passagem de seus antecessores pelo Brasil. Hyene Kurcinak, de 69 anos, é filha de Raimundo Ferreira da Silva, um marinheiro que, aos 17 anos, participou da tripulação que trouxe a família real ao Brasil e a levou de volta para a Europa. O percurso foi registrado em um diário de bordo que ela guardou por anos, sem saber do que se tratava até o dia em que descobriu que seu pai havia transportado a rainha que dava nome à sua rua e o rei, cujo busto estava exposto em sua esquina. Hyene se mudou há dois anos.
"Foi uma coincidência eu vir morar nessa esquina em 2009. Quando vi uma homenagem aqui certa vez, resolvi pegar esse manual e ver do que se tratava. E li tudo sobre essa viagem, que levou meses. Papai morreu quando eu era muito nova e eu achei que essa condecoração era só um broche", conta ela, que teve a oportunidade de mostrar os objetos a Phlippe e Matilda. "Eles foram muito simpáticos. Fiquei muito emocionada."
Vizinha do monumento, a guia de turismo Andrea Costa, acordou com a banda que tocava no evento. "Meu marido falou: levanta que os reis da Bélgica estão chegando. E ficamos todos aqui, animados. Como o monumento fica em uma esquina, muita gente não olha e passa direto. Um dia, voltando do supermercado, eu parei e li que a rainha Elisabeth homenageada é a da Bélgica e não a rainha Elizabeth II, da Inglaterra". Ela e muitos curiosos acompanharam a cerimônia e aplaudiram a quando o rei inaugurou a placa, que diz "Rainha da Bélgica e incentivadora das artes".
A visita de Alberto e Elisabeth durou seis semanas e, em homenagem à passagem deles, foi inaugurada a Avenida Rainha Elisabeth e um busto do rei na esquina com a Rua Conselheiro Lafaiete. No ato de hoje, flores foram deixadas sob a estátua e fotos da visita foram dispostas em uma exposição, que foi vista pelo bisneto de Alberto I, o rei Philippe, e pela rainha Matilde, que hoje ocupam o trono do país. A banda do Grupamento dos Fuzileiros Navais tocou o hino da Bélgica e o do Brasil e os chefes de Estado foram recebidos pela primeira-dama do Rio, Maria Lúcia Horta Jardim.
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O subsecretário de relações internacionais da secretaria de Casa Civil do governo do Rio, Pedro Spadale, acompanhou a visita e destacou as expectativas de novas parcerias entre os dois países. "Hoje teremos um almoço de trabalho em um hotel do Rio, voltado para os Jogos Olímpicos, com autoridades e empresas belgas e brasileiras. A ideia é aprofundar a parceria no plano político e econômico", disse ele, explicando que as relações comerciais entre o Brasil e a Bélgica cresceram nos últimos cinco anos.
Já o coordenador de relações internacionais da prefeitura, Laudemar Aguiar, disse que será apresentado aos belgas o projeto da cidade para os jogos, na busca de cooperação na área de tecnologia e de infraestrutura. "Eles vão mostrar o que interessa a eles na parte de infraestrutura. É um encontro que tem um lado histórico-político e um lado empresarial". Junto com a realeza, estavam na comitiva integrantes do governo belga, como os ministros da Defesa e das Relações Exteriores.
Além das autoridades, o rei e a rainha da Bélgica encontraram uma carioca que também guardava parte da história da passagem de seus antecessores pelo Brasil. Hyene Kurcinak, de 69 anos, é filha de Raimundo Ferreira da Silva, um marinheiro que, aos 17 anos, participou da tripulação que trouxe a família real ao Brasil e a levou de volta para a Europa. O percurso foi registrado em um diário de bordo que ela guardou por anos, sem saber do que se tratava até o dia em que descobriu que seu pai havia transportado a rainha que dava nome à sua rua e o rei, cujo busto estava exposto em sua esquina. Hyene se mudou há dois anos.
"Foi uma coincidência eu vir morar nessa esquina em 2009. Quando vi uma homenagem aqui certa vez, resolvi pegar esse manual e ver do que se tratava. E li tudo sobre essa viagem, que levou meses. Papai morreu quando eu era muito nova e eu achei que essa condecoração era só um broche", conta ela, que teve a oportunidade de mostrar os objetos a Phlippe e Matilda. "Eles foram muito simpáticos. Fiquei muito emocionada."
Vizinha do monumento, a guia de turismo Andrea Costa, acordou com a banda que tocava no evento. "Meu marido falou: levanta que os reis da Bélgica estão chegando. E ficamos todos aqui, animados. Como o monumento fica em uma esquina, muita gente não olha e passa direto. Um dia, voltando do supermercado, eu parei e li que a rainha Elisabeth homenageada é a da Bélgica e não a rainha Elizabeth II, da Inglaterra". Ela e muitos curiosos acompanharam a cerimônia e aplaudiram a quando o rei inaugurou a placa, que diz "Rainha da Bélgica e incentivadora das artes".