postado em 26/06/2014 13:47
O Movimento Camponês Popular ocupa nesta quinta-feira (26/6) 18 agências bancárias no interior de Goiás. As ações ocorrem em agências da Caixa ; nos municípios goianos de Caldas Novas, Catalão, Crixás, Ipameri, Santa Terezinha, Orizona, Posse e Vianópolis ; e do Banco do Brasil (Cidade de Goiás, em Itapuranga, Jaraguá e Rubiataba). Ocorrem ocupações também nos estados da Bahia e do Piauí.O movimento diz que foi excluído da meta de contratação do Minha Casa, Minha Vida 2. ;As famílias camponesas lutam por uma vida digna e não aceitam esperar mais tempo pela reforma, ampliação e construção de moradias. Esperar mais significa ampliar o êxodo rural e os problemas da vida no campo;, informa em nota.
A Agência Brasil ouviu Wander Ferreira, um dos líderes do movimento. Segundo ele, o número de contrações para o programa acabou não atendendo todos os movimentos sociais. ;São famílias que estavam com os documentos prontos com os agentes financeiros. Por isso, ocupamos as agências para tentar que nossas reivindicações sejam aceitas, pois as famílias se organizaram e arrumaram todo a documentação. Criou-se uma expectativa.;
Wender Ferreira informou ainda que 10 mil pessoas estão ligadas ao movimento em Goiás, na Bahia e no Piauí. Ele não soube informar, porém, em quais cidades baianas e piauieneses o grupo promove ocupações.
De acordo com o movimento, o Programa Nacional de Habitação Rural é uma conquista das famílias camponesas organizadas, mas, nos últimos meses, tem sofrido ajustes do governo Federal, com redução de recursos e, consequentemente, diminuição da meta de contratação de moradias.
O Banco do Brasil sugeriu à Agência Brasil que procurasse o Ministério das Cidades para comentar o assunto. O Ministério das Cidades orientou que fosse acionada a Secretaria-Geral da Presidência da República, com a qual não foi obtido contato. Até a publicação da matéria, não foi possível também falar com a Caixa.