postado em 29/06/2014 07:02
Opção adotada por muitas mulheres para evitar a gravidez, a pílula anticoncepcional deve ser usada com cuidado. A história de uma mulher em Chicago que ganhou, em abril, uma ação de R$ 14 milhões contra a fabricante de uma pílula por ter tido trombose cerebral traz à tona os riscos do remédio. Especialistas são unânimes ao dizer que os benefícios do medicamento superam os riscos. Os efeitos colaterais, no entanto, não podem ser ignorados. Quem tem predisposição a alguns problemas de saúde ou possui hábitos como tabagismo precisa ter atenção especial no momento de comprar o contraceptivo. Por isso, passar por uma avaliação médica prévia e manter o acompanhamento se faz ainda mais necessário.
A defesa de Mariola Zapalzki, 37 anos, moradora de Chicago, nos Estados Unidos, ganhou a causa milionária por conseguir provar que o acidente cardiovascular (AVC) sofrido por ela foi causado pelo uso da pílula contraceptiva Yasmin. A mulher teve trombose cerebral em 2007, duas semanas depois de começar a tomar o medicamento, e ficou com sequelas. A presidente da Comissão Nacional Especializada da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), Marta Franco Finotti, explica que, na população em geral, existe o risco de efeitos adversos no primeiro ano de uso. Segundo a especialista, a pílula pode influenciar a coagulação sanguínea, favorecendo episódios de trombose. ;Mas são muito baixos os riscos se comparados aos benefícios. Se for recomendado o contraceptivo ideal, os benefícios compensam o uso;, diz.
Marta explica que há critérios de elegibilidade a serem seguidos pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Para cada situação, são indicadas as melhores opções de menores riscos. ;Existem métodos contraceptivos que são mais seguros na paciente hipertensa, na diabética, e existem contraceptivos para pessoas com antecedentes de AVC, tromboembolismo;, explica. De acordo com a especialista, obesidade, sedentarismo e tabagismo são fatores que aumentam os riscos, assim como os episódios em que a pessoa precisa passar muito tempo parada ou imobilizada, por exemplo, em viagens de avião.
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