postado em 09/07/2014 07:23
Para solucionar o caso do roubo à fábrica da Samsung, em Campinas, a Polícia Civil de São Paulo analisa as imagens do circuito interno de segurança do prédio. Até a tarde de ontem, os investigadores conseguiram calcular 11 participantes do assalto milionário. O arquivo em vídeo deve ser comparado a uma listagem de criminosos do estado e levado a funcionários e seguranças terceirizados que prestam serviço à multinacional e foram feitos reféns durante a ação. Além disso, várias equipes foram para as ruas em diligências paralelas.
De acordo com o delegado assistente do Departamento de Polícia Judiciária do Interior (Deinter-2), em Campinas, Luís Francico Segantin, ainda não foi possível identificar suspeitos da ação. ;Nas filmagens, aparecem 11 autores. Ainda não sabemos se mais pessoas participaram do crime e de que forma. A gente consegue visualizá-los, mas não identificar. Agora, é esse o trabalho que precisamos fazer;, afirma o delegado.
Para isso, Segatin explica que o trabalho da polícia tem várias frentes. ;Depois da captação de imagens para tentar identificar os suspeitos, apresentamos fotos de autores de crimes nos mesmos moldes para as vítimas, para ver se eventualmente algum deles é reconhecido;, completa. Em relação às diligências nas ruas, o delegado evita entrar em detalhes para não prejudicar o andamento da apuração.
Representantes do consulado da Coreia do Sul, onde a multinacional de eletrônicos tem sede, também acompanham as investigações. Na manhã de ontem, eles estiveram na Delegacia de Investigações Gerais (DIG) com dois assessores, incluindo um tradutor, para pedir informações sobre o caso. A fábrica assaltada fica às margens da Rodovia Dom Pedro I, no Parque Imperador. A polícia estima prejuízo em torno de R$ 80 milhões em equipamentos roubados. A Samsung contesta o valor e diz que o montante está fixado em R$ 14 milhões.
A polícia acredita que a carga tinha um destino certo, provavelmente no mercado informal. Uma das prioridades da equipe de investigação é recuperar o material, que a Polícia Civil não informou se estava completamente coberto por um eventual seguro da multinacional. A ação ocorreu na madrugada da última segunda-feira.
O assalto durou aproximadamente 4 horas. Eles renderam seguranças, recolheram as armas deles e fizeram alguns reféns. Dentro do prédio, os assaltantes afirmaram estar armados com revólveres, pistolas e faziam menção à presença de outras armas, como fuzis escondidos no carro do grupo. No entanto, de acordo com a Polícia Civil, a ação foi discreta e eles não aterrorizaram as vítimas.
Pelas imagens do sistema de segurança, é possível ver um caminhão circulando dentro da fábrica em Campinas. Eles usaram sete veículos do tipo. Não se sabe se todos foram carregados com os equipamentos da montadora ou se foram utilizados para confundir a polícia.
;Apresentamos fotos de autores de crimes nos mesmos moldes para as vítimas, para ver se eventualmente algum deles é reconhecido;
Luís Francico Segantin, delegado assistente do Departamento de Polícia Judiciária do Interior, em Campinas (SP)