postado em 09/07/2014 10:44
Um lanterneiro condenado pela morte da filha, em 2006, foi preso novamente na madrugada desta quarta-feira (9/7) suspeito de estuprar uma mulher de 50 anos e tentar atropelar outra filha e o genro. A sequência de crimes ocorreu na cidade histórica de Ouro Preto, na Região Central de Minas Gerais. De acordo com o tenente Renato Vieira, do 52; Batalhão da Polícia Militar, por volta de 1h, o homem ofereceu carona para uma conhecida. A mulher entrou no carro dele, um Saveiro, mas foi surpreendida com a mudança de trajeto. Ao invés de levá-la ao destino combinado, o lanterneiro a obrigou a entrar na casa dele, local onde ela foi violentada sob constantes ameaças de morte.
Segundo o militar, a mulher passou parte da madrugada em poder do agressor. Quando ele foi ao banheiro, ela aproveitou a oportunidade e ligou para a irmã. Durante o telefonema, que foi muito rápido, ela não conseguiu dar detalhes do ocorrido. A irmã avisou para a polícia, mas os militares não conseguiram dados suficientes para socorrer a vítima.
A própria vítima conseguiu convencer o lanterneiro a libertá-la, depois de horas de cárcere e violência. A mulher prometeu não chamar a polícia e o agressor a liberou. Assustada, ela saiu da casa e pediu socorro em uma república vizinha, relatando todo o ocorrido aos estudantes. A PM foi acionada e quando chegou ao local já não encontrou o lanterneiro. Ele fugiu de carro em direção à casa da ex-mulher, onde também mora uma filha de 16 anos.
O lanterneiro brigou com todos que estavam na casa, porque queria se esconder da polícia, mas eles não permitiram. Quando deixou a residência tentou jogar o carro para cima da filha de 16 anos e do namorado dela, também menor de idade. A ex-mulher chamou a PM novamente informando a tentativa de homicídio. Mais uma vez, o lanterneiro fugiu no Saveiro, porém foi preso minutos depois na Rua Alfredo Baeta, Bairro Antônio Dias. A mulher estuprada foi para a Santa Casa da cidade e passa bem. A filha adolescente e o genro do agressor não ficaram feridos.
Prisão
Ao se preso, o lanterneiro assumiu os crimes da madrugada. A própria filha fez questão de relatar aos policiais que o pai era condenado da Justiça pelo crime de homicídio. Há oito anos ele matou uma filha, de apenas 2 anos, degolada, para se vingar de outra ex-mulher. De acordo com o tenente Vieira, em progressão de regime - por ser réu primário - o homem conseguiu a soltura. Antes de ser condenado ele era funcionário público municipal, mas perdeu o cargo e agora trabalha como lanterneiro.