Brasil

Polícia prende 19 suspeitos de vandalismo na véspera da final da Copa

Entre eles, está a ativista Sininho, que foi detida na manhã deste sábado (12/7) em Porto Alegre e será levada para a Cidade da Polícia, no Rio de Janeiro

postado em 12/07/2014 12:49

Um dia antes da final entre Alemanha e Argentina, marcada para o domingo (13/7) no Maracanã, a Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu 19 pessoas acusadas de promover atos de vandalismo em protestos que ocorreram desde junho de 2013.

Os suspeitos foram levados para a Cidade da Polícia, na Zona Oeste, e a Polícia informou que foram apreendidos máscaras, explosivos e armas de fogo. Os mandados de prisão temporária foram expelidos pela 27; Vara Criminal.



Entre os presos, está Elisa Quadros Pinto Sanzi, 28 anos, conhecida como Sininho. Ela foi detida pela manhã em Porto Alegre, na casa do namorado, pela Polícia Civil do Rio de Janeiro com a ajuda da Polícia Civil de lá e deve chegar na capital carioca por volta das 17h desta tarde. Sininho compareceu aos dois protestos do primeiro dia da Copa.

Neste domingo, há dois atos contra a Copa programados pelas redes sociais no Rio. A concentração do ato organizado pelo Comitê Popular da Copa será às 10h, na Praça Afonso Pena, na Tijuca, zona norte da capital fluminense. A final está marcada para as 16h. O comitê tem ido às ruas desde antes do início da Copa. Entre as reivindicações do grupo, estão o fim dos despejos e remoções forçadas, a desmilitarização das polícias e democratização dos meios de comunicação.

A Frente Independente Popular convoca, pelo Facebook, a Grande Manifestação Fifa Go Home! Não vai ter final, com concentração às 13h, na Praça Saens Peña, também na Tijuca. O ato será contra os gastos públicos com a Copa, as remoções, a opressão de gênero e raça e segregação nos estádios. Na mesma hora e local, a Associação de Defesa da Favela Chapéu Mangueira se juntará ao protesto, com o slogan A Festa Nos Estádios Não Vale as Lágrimas Nas Favelas, contra a opressão histórica nas comunidades faveladas.

Um episódio semelhante ao deste sábado aconteceu na véspera da abertura do Mundial. Dez ativistas que eram presença frequente em manifestações (inclusive Sininho) haviam sido detidos, tiveram computadores e celulares apreendidos, prestaram depoimento e foram liberados. Os equipamentos não foram devolvidos.

O chefe da Polícia Civil, delegado Fernando Veloso, e o titular da Delegacia de Repressão a Crimes de Informática, Alexandre Dias, que coordenou a operação, são aguardados para uma entrevista coletiva.

Com informações de agências

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