Brasil

ONG Justiça Global critica prisões de ativistas anti-Copa perto da da final

Entidade questiona o fato de a transferência dos detidos para Bangu num dia em que órgãos da Justiça estão em esquema de plantão

postado em 12/07/2014 15:46
A organização não governamental Justiça Global criticou neste sábado (12/7) a prisão de ativistas pela Polícia Civil do Rio de Janeiro em várias partes do país e disse que a ação é um ato arbitrário, com objetivo de reprimir expressões da população, na luta por justiça social.

Em nota, a ONG questiona a expedição dos mandados de prisão na noite de sexta-feira (11/7) e o cumprimento hoje, véspera da final da Copa. ;No dia anterior à final da Copa do Mundo, para quando há um grande ato de rua marcado, detidos e detidas, incluindo duas mães, estão sendo encaminhados para a Cidade da Polícia, chegando na caçamba de camburões e sendo retirados sob a mira de fuzis;, relata a entidade.



De acordo com a nota, a transferência dos presos para o Complexo Penitenciário de Bangu pode ocorrer ainda hoje, dia em que a Defensoria Pública, o Legislativo e outros órgãos do Estado ;que poderiam atuar contra esta arbitrariedade estão em regime de plantão, dificultando sua atuação;.

Para a Justiça Global, os fatos ;evidenciam o propósito único de neutralizar, reprimir e amedrontar aqueles e aquelas que têm feito da presença na rua uma das suas formas de expressão e luta por justiça social;.

As prisões cumpriram mandados expedidos pela 27; Vara Federal da Capital. Entre os presos, está a a ativista Elisa Quadros Sanzi, a Sininho, que foi detida em Porto Alegre e deve ainda hoje para o Rio de Janeiro, escoltada por policiais civis fluminenses.

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