Jornal Correio Braziliense

Brasil

Sindicato diz que 15 jornalistas ficaram feridos em protestos no Rio

Os repórteres foram agredidos por policiais militares que acompanhavam o protesto ou ficaram feridos com armas não letais

O Sindicato dos Jornalistas do Município do Rio de Janeiro divulgou uma nota dizendo que 15 jornalistas que cobriam as manifestações contra a Copa do Mundo, no domingo (13/7), na Tijuca, zona norte da cidade do Rio de Janeiro, ficaram feridos. De acordo com o sindicato, os repórteres foram agredidos por policiais militares que acompanhavam o protesto ou ficaram feridos com armas não letais desses agentes.



Também precisou de atendimento no Hospital Souza Aguiar o fotógrafo Loldano da Silva, que recebeu golpes de cassetete no braço esquerdo. Segundo o sindicato, a fotógrafa Ana Carolina Fernandes, da agência de notícias internacional Reuters, teve a máscara de gás arrancada por um policial, que, em seguida, jogou spray de pimenta em seu rosto.

[SAIBAMAIS]A presidente do Sindicato dos Jornalistas, Paula Máiran, lamentou as agressões sofridas pelos jornalistas durante seu exercício profissional. ;A gente precisa se organizar e se unir, não só os jornalistas como toda a sociedade, para cobrar uma mudança desse modelo de segurança pública que, em nome da ordem, promove uma violência brutal desse tipo;, disse.

Um cerco policial que durou três horas impediu a saída de manifestantes e jornalistas na Praça Saens Peña. Manifestantes também ficaram feridos no protesto. Por meio de nota, a Polícia Militar (PM) informou que ;reconhece a importância do trabalho dos jornalistas como base em um país democrático, no registro e na divulgação de informações; e que ;todas as denúncias e imagens recebidas relativas ao excesso na ação de policiais militares serão encaminhadas à Corregedoria e apuradas;.

A PM disse que garantiu o direito constitucional à manifestação e teve que fazer o bloqueio na Praça Saens Peña porque dados da inteligência policial mostravam que os manifestantes tinham ;a intenção de se dirigir à entrada do Maracanã, colocando em risco a segurança de milhares de torcedores;.