Landercy Hemerson, Guilherme Paranaiba/Estado de Minas
postado em 16/07/2014 07:00
Belo Horizonte e Brasília ; Uma explosão em uma fábrica de fogos de artifício deixou quatro pessoas mortas e uma ferida em Santo Antônio do Monte, na Região Centro-Oeste de Minas Gerais. O acidente ocorreu por volta das 7h30 em um dos barracões. A Polícia Civil, que já comanda um inquérito em fase de conclusão referente a um acidente em outra fábrica de fogos em 2013, apurará o caso. A cidade é o principal ponto de fabricação dos produtos pirotécnicos, com mais de 4 mil profissionais, e registra explosões do tipo com frequência.
Os corpos das quatro vítimas foram encaminhados ao IML de Bom Despacho para autópsia e serão liberados hoje. ;Estamos concluindo o inquérito dessa primeira situação e vamos investigar o que aconteceu ontem. A perícia esteve no local para colher os elementos necessários para identificarmos possíveis erros;, afirmou o delegado titular de Santo Antônio do Monte, Lucélio Silva.
Cabe ao Exército o acompanhamento de produtos controlados, incluindo explosivos, como a matéria-prima das fábricas. A seção de comunicação da 4; Região Militar do Exército informou que a empresa Fogos Globo, que tem mais de 40 anos de atuação no mercado, passou por inspeção em março deste ano. Na ocasião não foi encontrada qualquer irregularidade. Ainda de acordo com o órgão, caso a perícia da Polícia Civil e as investigações apontem falhas, como o mal acondicionamento de explosivos ou a superlotação dos produtos, a empresa sofrerá sanções previstas na legislação, como o descredenciamento para o exercício da atividade.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores das Fábricas de Fogo de Artifício de Santo Antônio do Monte, Lagoa da Prata e Itapecerica, Antônio Camargos dos Santos, pede que o caso seja investigado com muita atenção. ;Para causar uma explosão daquele tamanho, o barracão deveria estar com materiais acumulados;, diz. Já o secretário da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) responsável pelo interior de Minas Gerais, Gelson Alves, é mais enfático. Para ele, o problema é a negligência das autoridades. ;Todos os anos acontecem acidentes fatais. Em 2012, encaminhamos denúncias ao Ministério Público, e para nossa surpresa, há dois meses chegou um documento informando que o processo de investigação foi arquivado;, lamentou.
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