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Polícia Militar realiza megaoperação no Complexo do Alemão

Por conta da operação de hoje, uma creche, três escolas e seis Espaços de Desenvolvimento Infantil ficaram fechados e 4.015 alunos ficaram sem aula

postado em 16/07/2014 16:42
A Polícia Militar (PM) realiza nesta quarta-feira (16/7) uma megaoperação no Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro, em busca de pessoas envolvidas em ataques recentes a Unidades de Polícia Pacificadoras (UPPs) e com o tráfico de drogas e de armas na região, mas não conseguiu prender ninguém.

O chefe de operações da Coordenadoria de Polícia Pacificadora, tenente-coronel Rogério Figueiredo, acredita que a operação possa ter vazado.

"É possível ter vazado. Utilizamos um efetivo de 500 homens de vários batalhões especiais. É um efetivo muito grande a ser empregado e de várias localidades, então a gente não descarta esse dado [de vazamento], mas o importante é que fizemos a operação sem nenhum confronto e ninguém vitimado;, avaliou. Figueiredo diz que a operação pretende consolidar o processo de pacificação.



;Conseguimos chegar aos locais, mas ninguém foi localizado. A operação continua e o policiamento vai manter reforçado e havendo a necessidade de uma nova operação, vamos fazê-la", explicou Figueiredo.

Por conta da operação de hoje, uma creche, três escolas e seis Espaços de Desenvolvimento Infantil ficaram fechados e 4.015 alunos ficaram sem aula, de acordo com a Secretaria Municipal de Educação.

Além dos agentes do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), do Batalhão de Ações com Cães (BAC), do Batalhão de Polícia de Choque (BPChoque) e do efetivo de diversas UPPs, dois helicópteros do Grupamento Aeromóvel (GAM) também foram usados na operação. "Os helicópteros dão um apoio importante porque do terreno a gente mantém contato com a aeronave. O que é observado nas aeronaves chega para gente e com essas imagens, temos condições de avaliar melhor o policiamento no terreno e aplicá-lo de forma mais efetiva;, explicou Figueiredo.

Somente este ano, 22 policiais ficaram feridos e cinco foram mortos em confrontos no Complexo do Alemão até o mês de junho. O serviço de inteligência da polícia fez um levantamento de criminosos, armas e drogas na região e identificou possíveis envolvidos com os últimos ataques a UPPs e delegacias. Entre os procurados, está o traficante Ramires, que segundo a polícia, é acusado de participar de diversos ataques na região.

De acordo com o tenente-coronel, há informações de que, sob o comando do traficante conhecido como Marreta, grupos estão planejando uma possível represália a UPPs instaladas em outras comunidades.

"O Marreta é um traficante que faz parte da facção criminosa Comando Vermelho e um dos locais que ele pode atuar, seria no Complexo do Alemão. Eu já vi essa informação circulando nas redes sociais, mas ainda não chegou nada oficialmente para nós", disse.

A polícia também conta com a ajuda de moradores para desarticular o tráfico na região. Os policiais entregaram cerca de 10 mil panfletos na comunidade pedindo à população que denuncie esconderijos de armas, drogas e criminosos pelo telefone do Disque-Denúncia (2253-1177) e da ouvidoria das UPPs (2334-7599), sempre com anonimato garantido.

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