postado em 18/07/2014 17:19
Organizações da sociedade civil se reunirão hoje (18/7), às 19h, na sede do Sindicato dos Jornalistas do Município do Rio de Janeiro para prestar solidariedade às vítimas da Palestina do conflito no Oriente Médio, que já matou mais de 260 palestinos e 12 israelenses na mais recente ofensiva.Serão exibidas imagens e vídeos do cotidiano da Palestina, feitos pela professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Beatriz Bissio, que pesquisa o tema há 30 anos e esteve recentemente na região.
Coordenadora do Núcleo Interdisciplinar de Estudos sobre África, Ásia e as Relações Sul-Sul (Nieass), a professora de ciência política explica que a ideia é apresentar questões que não são compreendidas no conflito. ;O fato de ter estado lá me permite trazer situações como o muro (da Cisjordânia, barreira física erguida por Israel para controlar a circulação de pessoas), a vida nas aldeias e as formas de organização e de protesto, de reivindicações de direitos;, disse.
Com pesquisas sobre o mundo árabe-islâmico, Beatriz Bissio afirma que ;o anseio unânime de todo palestino é viver em paz com acesso a direitos básicos, como à terra e à soberania;. No entanto, segundo a professora, Israel impõe uma série de restrições, como controle dos recursos hídricos.
De acordo com um dos organizadores do ato, o presidente da Comissão de Defesa da Liberdade de Imprensa e Direitos Humanos da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), Mário Augusto Jakobskind, além das violações de direitos cometidas pelo Estado de Israel cotidianamente, é preciso chamar a atenção para o genocídio na região, refletido no elevado número de palestinos mortos, cerca de 260, na comparação com vítimas israelenses, 12 até agora.
;Lamentavelmente, em 2014 são usados métodos violentos para impor sanções;, destacou Jakobskind. Para ele, a comunidade internacional deve pressionar Israel para ;voltar atrás; e discutir o ;bombardeio indiscriminado; com objetivo de evitar ;banho de sangue; e a morte de centenas de civis, principalmente depois do início da ofensiva terrestre.
Em artigo publicado no site da Embaixada de Israel no Brasil, o embaixador Rafael Eldad disse que seu país é constantemente ameaçado e que atua para se defender. Segundo ele, o Estado de Israel retirou tropas e cidadãos de Gaza, uma das áreas reivindicadas pelos palestinos. ;Mas o que vimos na realidade foi que todos os esforços em Gaza foram dedicados a criar um arsenal de guerra para atacar de forma constante, fria e calculista a população civil israelense;, argumentou.
;Israel faz o que todo governo responsável faria, isto é, defender e proteger seus cidadãos;, reforçou, no texto.
O ato de solidariedade aos palestinos também é organizado pelo Sindicato de Jornalistas Profissionais do Estado do Rio e pelo Comitê de Solidariedade à Luta do Povo Palestino.