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Deputada diz que carona a ativista no Rio de Janeiro não foi fuga

Polícia Civil vê "crime de favorecimento", porque há mandado de prisão contra a mulher, que teve o pedido de asilo político negado pelo país vizinho

postado em 23/07/2014 06:05

Na segunda, manifestantes protestaram em frente ao consulado uruguaio no Rio, em solidariedade aos colegas

Os desdobramentos do caso dos ativistas condenados por atos violentos em manifestações envolvem agora uma deputada estadual do Rio de Janeiro e podem chegar à Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CDH), da Organização dos Estados Americanos (OEA). A parlamentar Janira Rocha (PSol) foi acusada de favorecimento por ter dado carona à advogada Eloisa Samy, 45 anos, na saída do Consulado-geral do Uruguai, na Zona Sul da cidade. Eloisa integra a lista dos 23 condenados depois de denúncia do Ministério Público de planejar e participar de protestos violentos na capital fluminense. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) acompanha o caso e deve recorrer ao organismo internacional, alegando ;violações de direitos humanos e de garantias constitucionais; no inquérito contra o grupo de manifestantes.

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A deputada estadual acompanhava o caso desde o momento em que o pedido de asilo político foi feito na representação diplomática por Eloisa, Davi Paixão e Camila Nascimento ; eles alegaram estar sofrendo perseguição pelo estado do Rio. No início da noite da última segunda-feira, ela informou à imprensa que a solicitação fora negada. Depois da resposta negativa, ela deu carona à advogada. ;No desespero da advogada que não conseguiu asilo, ela me pediu para levá-la até São Conrado (bairro do Rio), onde desceu e pegou um táxi para encontrar a família;, disse Janira. Eloisa e outras 17 pessoas são consideradas foragidas desde sexta, quando a Justiça do Rio aceitou denúncia contra ela e outros 22 réus acusados de se associarem para a prática de crimes em protestos, incluindo depredações e agressões a policiais.

[SAIBAMAIS]A saída do consulado, no entanto, foi considerada um delito pela Polícia Civil. A corporação informou, por meio da assessoria de imprensa, que tomou as medidas consideradas cabíveis. ;Com base nas declarações da deputada estadual Janira Rocha, a 10; DP (Botafogo) notificou a presidência da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) e o Tribunal de Justiça sobre o crime de favorecimento pessoal (Artigo 348 do Código Penal), que teria sido cometido pela parlamentar;, disse a nota.

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