Brasil

Comunidade israelita faz ato pela paz e pelo direito de Israel se defender

Os manifestantes ergueram bandeiras do país, fizeram orações pelas vítimas do conflito e cantaram

postado em 24/07/2014 21:25
Cerca de 500 pessoas, segundo estimativa da Polícia Militar (PM), participaram na noite de hoje (24) de um ato convocado pela Federação Israelita de São Paulo a ;favor da paz e pelo direito de Israel se defender;. O grupo está reunido em uma praça de Higienópolis, bairro conhecido como um reduto judeu na capital paulista. No início da atividade, os organizadores fizeram um apelo para que, caso houvesse a presença de defensores do Hamas ; grupo islâmico que controla a Faixa de Gaza ; os participantes evitassem conflitos.

Em defesa de Israel, os manifestantes ergueram bandeiras do país, fizeram orações pelas vítimas do conflito e cantaram. ;A gente sente que existe uma desinformação de parte da sociedade de que Israel é agressor, mas o que ele está fazendo é se defendendo. Nenhum Estado aceitaria ser atacado por 2 mil mísseis em um mês e não reagiria;, disse Ricardo Berkiensztat, presidente executivo da federação. Ele disse que lamenta as mortes dos civis, mas acredita que é legítima a ação do Estado judeu.

Para Berkiensztat, o motivo para que haja mais mortes entre os palestinos é o fato de que eles são usados como escudos humanos pelo Hamas, além da grande densidade populacional. ;Enquanto isso, Israel protege a sua população;, declarou. Ele criticou a posição do Estado brasileiro em considerar que há ;uso desproporcional da força; por parte do Estado judeu, conforme declaração do Ministério das Relações Exteriores.

;O Brasil sempre primou pelo equilíbrio e foi um país respeitado por todos os lados, que não toma partido em uma disputa. Com uma posição unilateral perde essa condição e, pior, importa um conflito que não é nosso;, apontou. Ele teme que isso possa acirrar os ânimos entre árabes e judeus no Brasil.

O operador do mercado financeiro Michel Abadi, 41 anos, é brasileiro e mora há 11 anos em Raanana, a 15 minutos de Tel Aviv. Ele relata que o cotidiano dos israelenses não se alterou muito depois do início do conflito mais recente.

;A situação está sobre controle. O país está preparado para, na medida do possível, levar uma vida normal. As pessoas são interrompidas quando toca a sirene e têm que estar atentas;, contou. Abadi mora em Israel com a esposa e quatro filhos e diz que se sente mais seguro do que no Brasil. ;Israel sabe da realidade, sabe que vai precisar conviver com isso por muitos anos. A cada tanto tempo, a gente sabe que vai vir uma dessa;.

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