postado em 25/07/2014 18:43
Índios da etnia Guarani, que estão ameaçados por uma ação de reintegração de posse na Aldeia Tekoa Pyau, localizada no Jaraguá, zona oeste paulistana, fizeram um ato nesta sexta-feira (25/7) na Avenida Paulista, em frente ao Tribunal Regional Federal (TRF). Eles protestam contra o processo que autoriza a retirada de 700 pessoas da terra indígena e cobram o andamento do processo de demarcação de terras.
No pátio em frente ao tribunal, eles apresentaram danças, cantos e rezas tradicionais. No TRF, protocolaram uma carta e entregaram desenhos feitos pelas crianças da aldeia. Em primeira instância, o prazo para que eles deixassem o local se encerrava hoje. Com o recurso dos indígenas, houve a suspensão temporária da medida.
;Estamos pedindo um esclarecimento a esse juiz, porque a gente não entende a lei do branco. O que entendemos é que estamos vivendo da nossa maneira e não estamos incomodando ninguém. Hoje, viemos mostrar que podemos ser um incômodo;, declarou Davi Guarani, uma das lideranças indígenas. De acordo com o processo judicial, a posse da terra é questionada desde 2002.
Os índios destacam que moram no local desde a década de 1960 e que os autores da ação nunca residiram naquele território. ;Tínhamos um caminho que fazemos até hoje, vivíamos em uma semimigração, que é o seminômade. Esses pequenos pedaços dessa migração foram sendo retomados e até hoje estamos em processo de luta por esses territórios. Queremos as áreas em que já vivemos e nem isso conseguimos;, explicou a liderança.
Em 2013, a Fundação Nacional do Índio (Funai) aprovou o relatório da ocupação guarani na região do Pico do Jaraguá, reconhecendo a terra indígena, com cerca de 532 hectares. Os documentos emitidos pela fundação, no entanto, precisam da portaria do Ministro da Justiça para que as áreas sejam demarcadas.
Sem a assinatura da portaria declaratória pelo ministério, os índios ainda sofrem ameaças de despejo, além das dificuldades para manter a tradição indígenas nas atuais áreas. ;Estamos em uma área de 4 hectares, que já está superpovoada;, explicou Davi Guarani. Ele destaca que o atual território em que vivem os impede de manter atividades tradicionais da cultura indígena, como a caça e a pesca.
Uma população de aproximadamente 2 mil guaranis reside na Grande São Paulo, distribuída em sete aldeias. Três delas estão no Pico do Jaraguá e as demais, no extremo sul da cidade, em Parelheiros.
No pátio em frente ao tribunal, eles apresentaram danças, cantos e rezas tradicionais. No TRF, protocolaram uma carta e entregaram desenhos feitos pelas crianças da aldeia. Em primeira instância, o prazo para que eles deixassem o local se encerrava hoje. Com o recurso dos indígenas, houve a suspensão temporária da medida.
;Estamos pedindo um esclarecimento a esse juiz, porque a gente não entende a lei do branco. O que entendemos é que estamos vivendo da nossa maneira e não estamos incomodando ninguém. Hoje, viemos mostrar que podemos ser um incômodo;, declarou Davi Guarani, uma das lideranças indígenas. De acordo com o processo judicial, a posse da terra é questionada desde 2002.
Os índios destacam que moram no local desde a década de 1960 e que os autores da ação nunca residiram naquele território. ;Tínhamos um caminho que fazemos até hoje, vivíamos em uma semimigração, que é o seminômade. Esses pequenos pedaços dessa migração foram sendo retomados e até hoje estamos em processo de luta por esses territórios. Queremos as áreas em que já vivemos e nem isso conseguimos;, explicou a liderança.
Em 2013, a Fundação Nacional do Índio (Funai) aprovou o relatório da ocupação guarani na região do Pico do Jaraguá, reconhecendo a terra indígena, com cerca de 532 hectares. Os documentos emitidos pela fundação, no entanto, precisam da portaria do Ministro da Justiça para que as áreas sejam demarcadas.
Sem a assinatura da portaria declaratória pelo ministério, os índios ainda sofrem ameaças de despejo, além das dificuldades para manter a tradição indígenas nas atuais áreas. ;Estamos em uma área de 4 hectares, que já está superpovoada;, explicou Davi Guarani. Ele destaca que o atual território em que vivem os impede de manter atividades tradicionais da cultura indígena, como a caça e a pesca.
Uma população de aproximadamente 2 mil guaranis reside na Grande São Paulo, distribuída em sete aldeias. Três delas estão no Pico do Jaraguá e as demais, no extremo sul da cidade, em Parelheiros.