Brasil

Após julgamento, greve dos rodoviários no Recife chega ao fim

Tribunal Regional do Trabalho decidiu que a categoria terá 10% de reajuste no salário e no piso salarial

Diário de Pernambuco
postado em 30/07/2014 20:52
O julgamento do dissídio coletivo dos motoristas, cobradores e fiscais de ônibus do estado colocou um fim à greve da categoria, no início da noite desta quarta-feira (30), no Tribunal Regional do Trabalho 6; Região, no Cais do Apolo. Catorze desembargadores votaram as cláusulas de impasse na negociação entre patrões e empregados e decidiram que a categoria terá 10% de reajuste no sálario e no piso salarial, tiquete de alimentação de R$ 300 e 6,06% de aumento no auxílio funeral, na indenização por morte ou invalidez e nas diárias em casos de viagens especiais. A Justiça não considerou a greve abusiva ou ilegal. A partir da 0h, os ônibus voltarão a circular normalmente pela Região Metropolitana.

Ainda no julgamento, foi decidido que a categoria não precisará pagar a multa pelo descumprimento da liminar expedida pelo vice-presidente do Tribunal Regional do Trabalho, desembargador Pedro Paulo, que exigia 100% dos veículos circulando em horários de pico. Segundo os magistrados, o documento era um paradoxo. A decisão foi tomada com base nos dados repassados pela Grande Recife Consórcio de Transportes.



Os reajustes estipulados serão retroativos e contarão já para o mês de julho. A decisão só será validada após publicação, ainda sem data para acontecer. Com os aumentos, os motoristas, que recebem R$ 1.605, vão passar a ganhar R$ 1.765, os cobradores, que ganhavam R$ 738, terão R$ 812 de salário e os fiscais, que já recebiam R$ 1.037, vão ganhar R$ 1.141,69.

Na sessão desta quarta-feira, cinco desembargadores estavam ausentes. Segundo o TRT, Eneida Melo Correia de Araújo e André Genn de Assunção Barros estão de férias, Fábio André de Farias viajou, a corregedora Virgínia Malta Canavarro está em correição em Serra Talhada, no Sertão, e Gisane Barbosa de Araújo tem prerrogativa de impedimento relacionada a questões familiares. A decisão coube aos magistrados Ivanildo da Cunha Andrade, presidente do TRT, Pedro Paulo Pereira Nóbrega, vice-presidente, Valéria Gondim Sampaio, Ivan de Souza Valença Alves, Valdir José Silva de Carvalho, Acácio Júlio Kezen Caldeira, Dione Nunes Furtado da Silva, Dinah Figueirêdo Bernardo, Maria Clara Saboya Albuquerque Bernardino, Nise Pedroso Lins de Sousa, Ruy Salathiel de Albuquerque e Mello Ventura, Maria do Socorro Silva Emerenciano, Sergio Torres Teixeira e Paulo Dias de Alcântara.

A greve da categoria começou na última segunda-feira (28).

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