Brasil

Babá indiciada por provocar lesões na cabeça de bebê participa de audiência

O bebê foi diagnosticado com a síndrome do bebê sacudido, que ocorre quando uma criança, geralmente lactente, é violentamente balançada gerando graves problemas cerebrais

João Henrique do Vale/Estado de Minas
postado em 30/07/2014 21:03
A babá Eliane Vieira dos Santos, indiciada por tentativa de homicídio contra uma criança de 3 meses, agredida em casa no Bairro Serra, Região Centro Sul de Belo Horizonte, em junho de 2012, foi ouvida nesta quarta-feira (30/7) durante audiência de instrução no Fórum Lafayette. O bebê foi diagnosticado com a síndrome do bebê sacudido, que ocorre quando uma criança, geralmente lactente, é violentamente balançada gerando graves problemas cerebrais.

O caso começou a ser investigado após o bebê ser internado em 15 de junho de 2012 no Hospital Mater Dei, na capital, em estado de coma, após ter uma convulsão. Os médicos constataram que a criança teve lesões neurológicas provocadas por movimentos bruscos, que fizeram o cérebro bater nas paredes do crânio, causando sangramento.

O Ministério Público denunciou a babá por tentativa de homicídio qualificado, por motivo fútil e com recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido. A denúncia foi acatada pela Justiça.


Nesta quarta-feira, Eliane participou da última audiência de instrução sobre o caso. Na companhia de um advogado, ela chegou na sala de audiências sumariantes do 1; Tribunal do Júri por volta das 16h. De acordo com o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), a mulher se negou a responder as perguntas da juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues e dos advogados de acusação. Apenas afirmou que é inocente.

Em seguida, as palavras passaram para o advogado Thiago Marques Boaventura Borges de Amorim. Eliane apenas confirmou as versões prestadas à polícia na época das investigações. A babá negou as acusações. Segundo ela, quando notou que a criança estava ;mole;, ligou para a patroa e em seguida levou o bebê para o hospital, como foi orientada a fazer.

A juíza deu um prazo de 48 horas para a defesa e a acusação fazerem as alegações finais com argumentos de cada parte. Em seguida, o processo volta para a magistrada, que irá decidir se a babá será julgada pelo Júri Popular.

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