O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, disse que o governo continuará fortalecendo a política de pacificação no Complexo de Favelas do Alemão. Ele visitou a região para dar apoio e prestar solidariedade aos policiais, devido aos recentes confrontos ocorridos nas comunidades. Desde o início do ano até hoje (31) cinco policiais militares morreram e 23 ficaram feridos em confronto com criminosos na região.
Com os recentes conflitos entre militares e criminosos que ainda se escondem no complexo, o policiamento foi reforçado na região com 150 homens, dobrando o efetivo no patrulhamento diário nas ruas, nos becos e nas favelas à procura de criminosos. A ação conta com apoio de homens do Batalhão de Operações Especiais (Bope), tropa de elite da corporação.
De acordo com Pezão, o governo vai continuar fortalecendo a política das UPPs com empenho e determinação. "Sabemos que a pacificação neste momento está sendo testada com esses incidentes. Vim até aqui para mostrar a minha solidariedade a vocês e às comunidades, e vamos fazer o que for preciso para manter a paz. Comigo não tem recuo. Eu vi o que a violência fez nessa região. Mas nada disso me desamina, isso só me fortalece", afirmou.
O coordenador de Polícia Pacificadora, coronel Frederico Caldas, e comandantes e policiais das oito unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) dos complexos do Alemão e Penha participaram do encontro.
O governador disse que o estado iniciou ações no Alemão em 2007, com a inauguração de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), o teleférico, as escolas, moradias, o Centro Vocacional Tecnológico (CVT) e outros serviços. "Diversas empresas saíram da região por causa da violência e agora, com a revitalização da área, este quadro está mudando. Foi a segurança que permitiu este estado crescer. Sei o que a paz representa", destacou.
[SAIBAMAIS]
Segundo o coordenador de Polícia Pacificadora, coronel Frederico Caldas, a busca pela paz continua e o desafio de dar traquilidade aos moradores da região permanece. "Estamos buscando incidência zero de conflitos. Tenho 30 anos de casa e posso comparar como era antes das UPPs. Por isso, precisamos manter o processo de pacificação", afirmou.