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Municípios brasileiros gastam cinco vezes menos em gestão de resíduos

Pesquisa mostra que a média de gastos nas cidades brasileiras aumentou de R$ 88,01 em 2009 para R$ 114 em 2012

postado em 05/08/2014 20:57

Os municípios brasileiros gastam cinco vezes menos em gestão de resíduos sólidos urbanos (RSU) do que a média das cidades internacionais. A constatação, divulgada hoje (5), é da pesquisa Três Anos Após a Regulamentação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS): Seus Gargalos e Superação, encomendada pelo Sindicato das Empresas de Limpeza Urbana no Estado de São Paulo (Selur) e pela Associação Brasileira de Resíduos Sólidos e Limpeza Pública (ABLP). O levantamento foi feito pela PricewaterhouseCoopers (PwC).

De acordo com a pesquisa, a média de gastos na gestão de resíduos das cidades internacionais aumentou de R$ 430, em 2009, para R$ 501 em 2012. Já nas cidades brasileiras, a média aumentou de R$ 88,01 (2009) para R$114 (2012). A média dos custos das cidades brasileiras é cinco vezes menor quando comparada à média dos custos das cidades internacionais. A comparação usou como parâmetro de equidade o Índice Big Mac, e considerou que cidades de mesmo porte geram quantidades similares de resíduo.

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No total, foram analisadas 52 prefeituras das cinco regiões do Brasil com Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) na faixa entre bom e ótimo. As cidades internacionais avaliadas foram Tóquio, Cidade do México, Barcelona, Roma, Paris, Nova Iorque, Londres, Buenos Aires e Lima.

O estudo destaca que, entre as cidades analisadas, São Paulo e Tóquio, as mais populosas, produzem volume per capita de resíduos muito similar. No entanto, quanto aos gastos em serviços de limpeza urbana, Tóquio gasta dez vezes mais que São Paulo.

;Os investimentos realizados atualmente pelos municípios brasileiros não são suficientes para alcançar os objetivos da PNRS [Política Nacional de Resíduos Sólidos], tanto quanto os níveis dos sistemas existentes nas cidades internacionais;, ressalta o estudo.

O documento aponta que o grande problema para evolução dos indicadores nas cidades brasileiras é o baixo valor agregado do resíduo sólido no Brasil. ;Quanto mais valor é agregado ao resíduo, menos desperdício ocorre no consumo, o que, por sua vez, reduz a probabilidade da geração de passivos. Por outro lado, ao agregar valor ao resíduo, há a possibilidade de criação e manutenção dos mercados de reciclagem, que hoje sofrem pela flutuação dos valores;.

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