postado em 19/08/2014 11:31
São Paulo ; A Associação Nacional de Jornais (ANJ) prestou homenagens nesta manhã, durante o 10; Congresso Nacional de Jornais, aos jornalistas Ruy Mesquita e Roberto Civita, falecidos em 2013. ;Ambos são referência na defesa da liberdade de imprensa. Durante o período de censura, Ruy e Roberto foram líderes para todos nós. Vencido o período autoritário, eles continuaram defendendo a liberdade de imprensa como um direito da sociedade;, destacou João Roberto Marinho, presidente do Conselho Editorial das Organizações Globo. ;A ANJ e todos que valorizam a liberdade de expressão têm uma divida permanente com Ruy Mesquita e Roberto Civita.;Ruy Mesquita, falecido em 21 de maio de 2013 em decorrência de um câncer na base da língua, começou a carreira no jornal O Estado de S. Paulo (SP) em 1948 e foi um dos fundadores do Jornal da Tarde, em 1966. Desde 1996 exercia a função de diretor do Estadão. ;Ruy e Roberto tinham a noção do papel do jornalismo dentro da democracia. Eles acreditavam que o jornalismo é a ferramenta que empurra as reformas. Eles defendiam o jornalismo como protagonista e não como merca caixa de reprodução de ideias alheias;, disse Fernão Lara Mesquita, filho de Ruy Mesquita, que recebeu uma placa em homenagem ao pai.
Roberto Civita, falecido em 26 de maio de 2013 devido a um aneurisma, era presidente do Conselho de Administração e diretor editorial do Grupo Abril. Ele criou a Revista Veja em 1968, trabalhou em diversos títulos da empresa e assumiu a presidência da Abril em 1990. Roberta Civita, filha de Roberto, recebeu a homenagem da ANJ em nome da família. ;Meu pai repetia que o principal compromisso da imprensa não é com governo, com acionistas ou anunciantes, mas com o leitor e, principalmente, com a verdade. Assim a imprensa contribui para uma sociedade melhor para todos;, relembrou Roberta.