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Polícia confirma erro de cálculo na obra do viaduto que desabou em Minas

Os documentos com a análise do Instituto de Criminalística da Polícia Civil mineira sobre a queda do Viaduto Batalha dos Guararapes serão entregues na quarta-feira ao delegado responsável pelo caso

João Henrique do Vale/Estado de Minas, Landercy Hemerson
postado em 28/08/2014 19:51

Operarios trabalham na demolição do Viaduto Batalha dos Guararapes, na capital mineira

O laudo elaborado pela Instituto de Criminalística da Polícia Civil de Minas Gerais sobre a queda do Viaduto Batalha dos Guararapes, na Pedro I, já constatou algumas irregularidades na obra. Os documentos, que serão entregues na próxima quarta-feira para análise do delegado Hugo e Silva, responsável pelo caso, vão apontar que houve erro de cálculo do projeto. Essas irregularidades levaram à redução da quantidade de materiais utilizada na construção da estrutura. A análise dos peritos também constatou que o tamanho dos blocos estava incompatível.

A Polícia Civil falou pela primeira vez sobre as causas da tragédia, que matou duas pessoas e 23 feridos. Em nota, divulgada nesta quinta-feira, a corporação admitiu erros de cálculo e no tamanho dos blocos. Também descartou que a queda do viaduto está ligada com o solo no entorno do pilar central da estrutura.



Como o Estado de Minas adiantou na edição desta quinta-feira, o laudo aponta a pouca quantidade de aço da construção. Em apenas um dos pontos do pilar, ficou constatado que havia de 15% a 20% menos ferragem na armação. A conclusão é semelhante à do estudo técnico que a construtora Cowan apresentou no dia 22 de julho, 19 dias depois do desabamento.

As apurações apontaram que as estacas da estrutura do bloco da base não foram suficientes para suportar a carga maior, por ocasião da retirada do escoramento. Com isso, houve afundamento do pilar e veio abaixo a estrutura horizontal superior (tabuleiro) do viaduto, que atingiu um microônibus, um Fiat Uno e dois caminhões.

Depois de analisar o laudo, o delegado vai avaliar se há a necessidade de solicitar esclarecimentos ou informações técnicas complementares para prosseguir na apuração. Em seguida, representantes da empresa e responsáveis pela obra serão ouvidos.

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