postado em 30/08/2014 08:01
Vinte e cinco dias após o governo de Goiás anunciar uma força-tarefa para apurar os assassinatos de 15 mulheres em Goiânia, cometidos por motoqueiros, em circunstâncias aparentemente semelhantes, a Polícia Civil ainda não avançou no esclarecimento dos crimes. Após repercussão nacional dos casos, dois suspeitos, capturados no início do mês, foram detidos. Eles seguem na cadeia, porém não foram divulgadas evidências que os conectem aos homicídios. Na tarde de ontem, a assessoria de imprensa da polícia comunicou que não havia novidades sobre as investigações nem mandados a serem expedidos. O primeiro crime da lista aconteceu em19 de janeiro e, até agora, a família da jovem Beatriz Cristina Oliveira Moura, 23 anos, espera um desfecho do caso.
A linha adotada pelos investigadores até o momento aponta para execuções isoladas. Inicialmente, ventilou-se a hipótese de que um serial killer estaria atuando na capital goiana. Na tarde da última quinta-feira, uma audiência pública na Assembleia Legislativa de Goiás, promovida pela Comissão de Direitos Humanos da Casa, cobrou agilidade nas apurações. Parentes de algumas das vítimas participaram do encontro.
Candidato à reeleição, o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), vem sofrendo desgaste político em razão da onda de assassinato de jovens mulheres. Os adversários têm explorado o tema na propaganda eleitoral para atacar o político. Ontem, o assessor de imprensa da Polícia Civil, Norton Luiz Ferreira, comunicou que o efetivo disponível para apuração dos crimes permanece o mesmo. Além da estrutura da Delegacia de Homicídios, o reforço da força-tarefa conta com nove delegados, 15 agentes e oito escrivães.
O último caso aconteceu em 2 de agosto, quando uma adolescente de 14 anos foi morta a tiros em um ponto de ônibus. ;São crimes complexos. Os investigadores estão trabalhando em silêncio para dar a resposta à sociedade no momento oportuno;, declarou.
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