postado em 01/09/2014 06:30
Após a morte da esposa, o aposentado Luís Fernando (nome fictício), 83 anos, passou a viver uma situação delicada. Segundo um parente que pediu para não ser identificado, o idoso, que mora no Distrito Federal, passou a sofrer abusos financeiros da filha de 52 anos. Ela voltou a morar com o pai e começou a monitorá-lo. A primeira restrição foi na liberdade. Em seguida, veio a questão financeira. Uma pessoa próxima da família diz que até a compra no mercado passou a ser regulada, e os gastos pessoais da filha entraram no orçamento da casa para serem pagos pelo pai.Quando estava viva, a mulher de Luís Fernando driblava a pressão da filha. Agora, a situação mudou. Quem está próximo e percebe o que se passa dentro da casa tenta aconselhar Luís Fernando, e outros parentes lutam para resguardar os direitos do aposentado. Ainda assim, relatam que é difícil evitar que a mulher se aproveite do pai.
Histórias como a de Luís Fernando têm entrado cada vez mais para a lista de estatísticas do Estado. Dados da Secretaria de Direitos Humanos (SDH) revelam que, desde que o serviço para idosos foi disponibilizado no Disque 100, em 2011, até o primeiro trimestre deste ano, foram registradas mais de 84 mil denúncias referentes a algum tipo de violência - física ou psicológica - contra essa população.
De 2012 para o ano passado, o aumento foi de 65%, e só nos seis primeiros meses deste ano foram feitas 13.705 queixas. Os relatos de abuso financeiro estão entre os que mais aparecem, bem como negligência, que lidera o ranking, e violência psicológica. O balanço de 2013 também revelou que os filhos são os principais agressores, seguidos dos netos.
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