Brasil

Agente policial é baleado durante tumulto no presídio de Pedrinhas

Só em 2014, 14 detentos já foram mortos no interior da unidade prisional. Em janeiro deste ano, partiram ordens do interior do local para ataques contra delegacias e ônibus em São Luís

postado em 04/09/2014 15:26
Um monitor que presta serviços à Secretaria de Justiça e Administração Penitenciária (Sejap) do Maranhão foi baleado durante um tumulto no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís (MA), na manhã desta quinta-feira, 4. As primeiras informações dão conta de que o tiro foi disparado por um dos presos. Três detentos também se feriram durante a confusão.

Segundo a Sejap, os quatro feridos, que não tiveram os nomes divulgados, foram imediatamente socorridos e passam bem. A secretaria também garante que o tumulto foi rapidamente contido e está sob controle. Agentes do Batalhão de Choque da Polícia Militar, do Grupo Especial de Operações Penitenciárias (Geop) e do Grupamento Tático Aéreo (GTA) foram acionados.
Maior estabelecimento prisional do Maranhão, o Complexo de Pedrinhas tem sido palco de constantes rebeliões, brigas e assassinatos de presos. Só este ano, 14 detentos já foram mortos no interior da unidade. O último homicídio ocorreu no último dia 27, no Centro de Triagem da penitenciária.

[SAIBAMAIS]

Além disso, foi do interior de Pedrinhas que partiram as ordens para que bandidos atacassem delegacias da região metropolitana da capital maranhense e ateassem fogo a ônibus, no início de janeiro deste ano. O episódio resultou na morte da menina Ana Clara Santos Souza, de 6 anos.

Ontem (3), agentes contiveram um início de rebelião no Presídio São Luís 2. Na última segunda-feira (1;), um grupo de detentos se recusou a receber a comida fornecida pela administração penitenciária, ameaçando começar uma greve de fome caso suas reivindicações não fossem atendidas. E no último final de semana, a Sejap instaurou uma sindicância para apurar as circunstâncias em que o diretor do complexo, Salomão Mota, emprestou seu próprio celular para que um preso telefonasse. O fato foi gravado em vídeo e tornado público em seguida.

Segundo o delegado, o gesto foi um ato humanitário ; o preso queria ligar para saber o estado de saúde de sua mãe, internada em estado grave ; e necessário, já que os aparelhos convencionais da unidade estão quebrados.

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