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Meninas internadas em São Paulo após vacinação contra HPV passam bem

Garotas que passaram mal após tomarem a vacina contra o HPV em São Paulo seguem hospitalizadas, mas passam bem. Secretaria de Saúde informou que investiga o caso

postado em 08/09/2014 17:48
Três das 11 meninas que passaram mal após tomar vacina contra o HPV, na semana passada, em Bertioga, litoral norte de São Paulo, estão internadas, mas passam bem, informou a diretora do Departamento de Imunização da Secretaria Estadual da Saúde, Helena Sato. Ela disse que o caso está sob investigação e que foi descartada a possibilidade de ocorrência de problema com o lote do medicamento usado.

;Trata-se, muito provavelmente, de uma reação de ansiedade após a vacinação;, explicou a médica, com base nos sintomas apresentados pelas meninas. Segundo Helena, tal reação já ocorreu com vacinas injetáveis usadas em outros países. Quando a adolescente sabe que vai se submeter à aplicação da vacinsa, o organismo acaba tendo uma reação.

As 11 meninas apresentaram dor de cabeça, tontura e fraqueza duas horas após a vacinação, na Escola Estadual Willian Aureli. Levadas para um pronto-socorro municipal, oito delas foram liberadas logo em seguida. A evolução do quadro das que tiveram alta continua sendo monitorada pela equipe de vigilância em saúde do local.

Com sintomas um pouco mais acentuados, três das garotas foram transferidas para o Hospital Guilherme Álvaro, em Santos, e estão passado bem, disse Helena Sato. ;Elas estão bem e não há risco algum de paraplegia, como chegou a ser veiculado;, afirmou a médica, lembrando que que a segunda etapa da campanha nacional de vacinação, iniciada no último dia 1;, imunizou em cinco dias 20 mil meninas no estado de São Paulo.

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;É muito importante a vacinação porque é um meio eficaz de proteção contra o câncer do colo do útero;, alertou Helena. De acordo com a médica, o problema em avaliação é bem pontual, só ocorreu nessa escola.

Para o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, o que aconteceu, muito provavelmente, foi de fato uma síndrome de estresse pós-vacinação .;O medo da injeção pode ser a causa dos sintomas relatados, de formigamento e redução da força, mas, do ponto de vista neurológico, não há nenhuma lesão.;

Jarbas Barbosa informou que vacinas do mesmo lote das aplicadas na escola de Bertioga foram distribuídas em vários outros lugares e, em nenhum deles, houve relato semelhante ou que indicasse a necessidade de suspensão das aplicações. Desde a primeira etapa da campanha, em março, até agora, foram vacinadas no país 4,5 milhões de adolescentes. No mundo, esse número ultrapassa a 50 milhões.

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