Estado de Minas
postado em 11/09/2014 22:33
O medo da violência e da criminalidade está obrigando várias famílias a deixarem suas casas, localizadas em conjuntos habitacionais do programa Minha Casa Minha Vida, em Juiz de Fora, Zona da Mata. Nesta semana, a Caixa Econômica Federal notificou a Polícia Civil de Minas Gerais sobre reclamações feitas por moradores, que estão sendo expulsos por traficantes, que usam as moradias para traficar e fazer festas.De acordo com o delegado responsável pelo caso, Rodolfo Ribeiro Rolli, as investigações sobre o caso tiveram início há dois meses, já que o local é conhecido como o mais violento da cidade e têm altos níveis de homicídios e crimes relacionados ao tráfico de drogas. Porém, com o ofício da Caixa, a investigação se torna ainda mais consistente.
Os trabalhos da polícia apontam que muitas famílias estão vendendo suas casas sem contrato e a "preço de banana", para escapar das ameaças. Porém, os cidadãos que resistem são obrigados pelos traficantes a deixar os seus lares. ;Temos policiais infiltrados no local e informantes para que possamos encontrar os envolvidos. Nós precisamos ter cuidado, porque se trata de um local muito violento, e em caso de sermos identificados, eles podem reagir e matar inocentes;, disse o delegado Rodolfo.
Conforme o delegado, o local destinado pelo Governo Federal para as famílias beneficiadas pelo programa está abandonado e não existem praças ou escolas na área. No ano passado, a região foi palco de um bárbaro homicídio, quando um jovem foi morto a pauladas. ;Nós já temos todo o embasamento para prender os traficantes envolvidos. Estamos apenas levantando mais informações, já que temos fotos e vídeos que contribuem com a investigação. Vou conversar pessoalmente com o juiz, para que possamos efetuar a prisão preventiva destes criminosos;, disse o delegado.
Conforme a 3; Delegacia de Polícia Civil de Juiz de Fora, cerca de 600 famílias vivem atualmente na área. Ainda de acordo com o delegado, o inquérito já está instaurado e nos próximos dias serão feitas as primeiras prisões.