postado em 17/09/2014 12:21
A Polícia Militar retomou na manhã desta quarta-feira (17/9) as negociações com os líderes do grupo de 63 presos rebelados na Penitenciária Estadual de Piraquara 2, na região metropolitana de Curitiba (PR). Dois agentes penitenciários ainda são mantidos reféns e não há registro de feridos. A rebelião começou às 7h30 de ontem (16) e as negociações ficaram suspensas durante a noite. Na semana passada a penitenciária passou por uma rebelião que durou cerca de 24 horas.[SAIBAMAIS]
Os presos rebelados estão no bloco do chamado ;seguro;, que reúne os detentos condenados por estupro, com curso superior e policiais que cometeram crimes. De acordo com a Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos do Paraná (Sejus), eles reivindicam a construção de um muro para isolá-los do bloco onde estão integrantes de facções criminosas, pedem melhorias na alimentação e a reposição dos colchões queimados durante a rebelião da semana passada.
A Sejus informa que ontem (16) foi instalado um reforço nas grades que separam os dois blocos e que não será possível fazer a entrega imediata de colchões. Quanto à alimentação, a Sejus diz que as refeições seguem a orientação de nutricionista e o governo deverá autorizar visitas de entidades, sem agendamento prévio, para vistoriar a comida servida na penitenciária.
Na última sexta-feira (12), foi iniciada uma rebelião na penitenciária. O motim terminou após 24 horas de duração com um acordo para a transferência de 43 presos. A Penitenciária Estadual de Piraquara 2 é uma unidade penal de regime fechado e segurança máxima para presos condenados. A unidade tem capacidade para 1.108 presos e atualmente tem 1.035 detentos, de acordo com a Sejus.