Mateus Parreiras/Estado de Minas
postado em 18/09/2014 08:47
Belo Horizonte ; Três meses e meio depois do desabamento da alça sul do Viaduto Batalha dos Guararapes sobre a Avenida Pedro I, entre os bairros Planalto e São João Batista, o projetista apontado pelo laudo do Instituto de Criminalística da Polícia Civil como o responsável por ter calculado de forma equivocada a resistência de um dos pilares falou pela primeira vez com a imprensa. Rodrigo de Souza e Silva negou que as fórmulas tivessem erros e afirmou que, ainda que os números contestados pelos peritos da Polícia Civil estivessem equivocados, isso não seria capaz de derrubar o viaduto, esmagando dois caminhões, um micro-ônibus e um carro, o que resultou em duas mortes e em prejuízos para motoristas e moradores do entorno.
O profissional trabalha em um escritório de engenharia no Bairro Santa Efigênia, Região Leste de BH, e prestou serviço tercerizado à empresa que venceu a licitação para confecção do projeto executivo do viaduto, a Consol Engenheiros Consultores. ;Os cálculos do projeto são meus. Fui eu que fiz. A meu ver, os cálculos não contêm qualquer erro. Estão corretos. O problema ali (no viaduto) foi outro;, afirmou, sem dar detalhes.
Nas últimas páginas do laudo, a conclusão assinada por sete peritos criminais pesa contra os cálculos de Rodrigo, que teriam indicado a construção do pilar denominado ;P3; com uma capacidade de suportar 100 toneladas a menos do que o necessário. Segundo Rodrigo, no entanto, o construção de um bloco de pilar mais frágil não derrubaria o viaduto, ainda que seja essa uma das estruturas responsáveis por sustentar a obra. ;O viaduto é que caiu em cima do bloco e não o bloco que jogou o viaduto no chão. O bloco não foi a causa do acidente, mas (sua ruptura) foi a consequência;, afirma.
A matéria completa está disponível aqui, para assinantes. Para assinar, clique aqui.