A ministra do Planejamento, Miriam Belchior, concedeu rápida coletiva na noite desta sexta-feira (19/9) na qual lamentou os erros cometidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), apresentada nesta quinta-feira (18/9). ;O governo está chocado com esse erro cometido pelo IBGE. Como disse a presidente do instituto, Wasmália Bivar, é um erro gravíssimo;, ressaltou Belchior.
[SAIBAMAIS]A ministra anunciou que será criada comissão de especialistas independentes para avaliar a ;consistência da PNAD;. Além disso, Belchior também divulgou a criação de uma comissão de sindicância para ;encontrar as razões dos erros e eventualmente as responsabilidades funcionais;. A segunda comissão será composta, além do Ministério do Planejamento, pela Casa Civil, Ministério da Justiça e Controladoria-Geral da União (CGU). Neste sábado (20/9) pela manhã, em nova coletiva, o governo vai comentar os dados da Pnad já corrigidos.
As informações errôneas afetaram índice de Gini - medida da desigualdade - em sete estados: Ceará, Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul. A desigualdade diminuiu em vez de aumentar, como dizia a pesquisa. A taxa de desemprego também é menor que as veiculadas pelo instituto.
O levantamento divulgado informava que a renda teve alta de 5,7%, quando, na verdade, recuou para 3,8%. A taxa de analfabetismo havia caído de 8,7% em 2013 para 8,3% este ano, contudo a redução foi de 8,7% para 8,5%.
Em nota, o IBGE informou que no processo de expansão da amostra da pesquisa, foi utilizada, "equivocadamente", a projeção de população referente a todas as áreas metropolitanas em vez da projeção de população da Região Metropolitana na qual está inserida a capital. Ao constatar esse erro o IBGE recalculou os novos fatores de expansão; as estimativas de indicadores e refez o plano tabular. Segundo o instituto, os dados corretos estão disponíveis no site.