postado em 24/09/2014 11:36
O comando da Polícia Militar (PM) determinou a abertura de um inquérito policial militar (IPM) para investigar o esquema de corrupção que levou à prisão preventiva de 24 policiais militares na Operação Amigos S.A., no último dia (15). Eles são investigados por cobrança de propina a comerciantes, empresários e ambulantes em Bangu, na zona oeste do Rio. Segundo a PM, a corporação vai convocar os comandantes e representantes do Estado-Maior para prestarem esclarecimentos.
De acordo com a PM, o comandante-geral da Polícia Militar, José Luís Castro Menezes, informou que, caso seja instaurada a sindicância patrimonial, está totalmente à disposição para apresentar todos os documentos necessários para esclarecimento de qualquer dúvida. Segundo a PM, as investigações terão o total apoio do atual comando, inclusive se o encarregado do IPM considerar necessário que seja feita a convocação de militares da ativa ou da reserva que sejam mencionados nas denúncias.
Saiba mais
Entre os policiais presos está o coronel Alexandre Fontenelle Ribeiro de Oliveira, que era chefe do Comando de Operações Especiais da Polícia Militar também responsável pelos batalhões de Operações Especiais (Bope), de Choque e de Ações com Cães. Fontenelle era considerado um dos mais importantes oficiais na hierarquia da Polícia Militar. Ele foi substituído no dia seguinte à prisão.
O Ministério Público (MP) do Estado do Rio de Janeiro informou que vai pedir à Corregedoria da Polícia Militar (PM) para fazer uma avaliação patrimonial dos bens do coronel Fontenelle. O MP também vai pedir à Corregedoria-Geral Unificada da Secretária Estadual de Segurança Pública uma investigação pelo aumento de patrimônio do comandante-geral da PM do Rio, coronel José Luís Castro Menezes. Segundo o Ministério Público, o pedido vale para todos os presos na operação Amigos S.A.