postado em 24/09/2014 23:18
O governo vai discutir a possibilidade de realização de um leilão para cobrir a necessidade de energia causada pela descontratação de cerca de 4,5 mil megawatts (MW) de distribuidoras, em 2015. Segundo o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, haverá uma reunião ainda esta semana, no Ministério de Minas e Energia, em Brasília, para analisar a questão.[SAIBAMAIS]O ministro interino de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, ratificou a informação e disse que a análise levará em consideração, entre outros fatores, a possibilidade de entrega de energia por usinas com renovação de concessões. ;Na verdade, temos 4,7 mil MW médios. É muito. Só tem que ver como fazer". Pela legislação, hoje se faz o leilão por pelo menos um ano, e no caso teria que ser por seis meses para não haver a sobrecontratação de energia, explicou.
Para Tolmasquim, a avaliação vai depender da decisão das distribuidoras. "O que a gente tem que prever agora é como fazer isso, dado que tem as usinas que vão renovar a concessão. A distribuidora tem que fazer a previsão da carga para a gente fazer o leilão, e a distribuidora fica na dúvida entre fazer a previsão da carga, considerando as cotas das usinas que vão renovar a concessão, ou não considerando. Então, tem um elemento de incerteza para saber como viabilizar o leilão;, informou.
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Segundo Tolmasquim, não há definição sobre fazer o leilão. ;Eu diria que é uma tendência, mas não está decidido. O normal é que tenha, só se a gente tiver um problema muito grande é que a gente não vai fazer;, completou.
O presidente da EPE adiantou que se o certame ocorrer, deve ser no fim do ano. ;A gente vai sentar. Tem uma reunião marcada para começar a discussão. É no ministério, não sei se amanhã (25) ou depois de amanhã (26);, comentou, acrescentando que não será uma reunião decisiva. ;Isso é o início de um processo, vão ter várias reuniões. Terá que haver simulação, análise jurídica para poder tomar a decisão;, destacou.