Brasil

Ministério da Saúde admite possibilidade de epidemia da febre chikungunya

Pasta alerta a sociedade para os cuidados com a prevenção. A doença, também transmitida pelo Aedes aegypti, tem sintomas semelhantes aos da dengue

postado em 25/09/2014 06:01
Ações de combate ao mosquito intensificadas em Feira de Santana (BA): 14 doentes registrados na cidade
O ministro da Saúde, Arthur Chioro, disse que é possível o Brasil viver um cenário de epidemia de febre chikungunya. A América Central apresenta um surto com mais de 61 mil casos confirmados, de acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), de dezembro de 2013 a maio de 2014. Na última terça-feira, a pasta confirmou 16 situações em que a doença foi transmitida internamente no país e não apenas por viajantes, como vinha acontecendo. A doença é transmitida pelo Aedes aegypti, mesmo mosquito da dengue e os sintomas são semelhantes, apesar de ser menos letal.

[SAIBAMAIS];É possível (falar em epidemia), mas a gente ainda não consegue ter a dimensão do número de casos, nem a velocidade de propagação da doença;, afirmou Arthur Chioro. ;Quando não há registro de casos e aparece alguns, você caracteriza como epidemia, no primeiro momento;, enfatiza. Desde 2010, quando o Brasil registrou três casos importados da doença, o Ministério da Saúde passou a acompanhar e monitorar a situação do vírus.



Apesar de a pasta ter um plano de contingência estabelecido desde 2012, o ministro explica que apenas a partir do segundo ano da presença do vírus no país é possível analisar a situação com mais clareza. ;É quando a gente começar a estabelecer um coeficiente de incidência da doença. Aí nós vamos poder ver a magnitude e o comportamento que ela vai assumir no nosso país;, detalha Chioro.

Em 2014, 37 casos da doença foram registrados no Brasil em pessoas que vieram do exterior, especialmente soldados em missão no Haiti. Outros dois foram registrados em Oiapoque, no Amapá, na divisa com a Guiana Francesa, e 14 em Feira de Santana, na Bahia. O ministro informou que equipes do ministério foram enviadas aos municípios para auxiliar no bloqueio do vírus e controle da doença. Além disso, o trabalho junto às secretarias municipais e estaduais de saúde será intensificado, principalmente a partir de dezembro. ;Pelas características epidemiológicas, vamos ter que trabalhar com a presença de mais uma doença viral. A chikungunya não tem a mesma dramaticidade, letalidade e gravidade da dengue, mas isso reforça a necessidade da sociedade não esperar o próximo verão para iniciar as ações de controle de vetores;, disse.

A matéria completa está disponível , para assinantes. Para assinar, clique .

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação