postado em 26/09/2014 19:08
O Dia Nacional do Surdo foi comemorado nesta sexta-feira (26/9) com uma programação especial na sede do Instituto Vital Brazil, em Niterói, região metropolitana do Rio de Janeiro. Ginástica laboral e dinâmica de promoção da comunicação entre surdos e ouvintes foram algumas das atividades. O presidente do instituto, Antônio Werneck, explicou que o objetivo das atividades é chamar a atenção para as lutas e programas voltados aos deficientes auditivos.
Celebrado no Brasil desde 2008, o Dia Nacional do Surdo tem respaldo especial do Instituto Vital Brazil, ligado à Secretaria de Estado de Saúde, que tem 31 funcionários com deficiência auditiva. De acordo com Werneck, o órgão conta com profissionais surdos há mais de dez anos. ;Esse tipo de atitude do instituto é muito importante", disse ele, porque "abre a cabeça das pessoas para não ter preconceito social. Tem que dar exemplo à sociedade de que o profissional com deficiência auditiva precisa ter seu valor reconhecido;.
Jenaisa da Cruz, coordenadora de um projeto que busca implantar aulas da língua brasileira de sinais (libras) no instituto, contou que ;por muitos anos, a comunicação entre os funcionários era improvisada, nem os próprios surdos sabiam a língua de sinais. Com o tempo, foram aprendendo a falar numa linguagem padrão. Mas ainda há muito que fazer para o desenvolvimento comunicacional dessas pessoas. Nosso projeto está em fase de aprovação e busca financiamento, temos a previsão de conseguirmos 50 participantes entre surdos e ouvintes;, disse.
Também coordenadora no Instituto Vital Brazil, Danila de Brito afirma que os funcionários ficaram muito felizes com a iniciativa. ;É gratificante receber o agradecimento deles. Os deficientes auditivos adoram quando a pessoa mostra interesse por sua vida, sua língua, seus problemas e a forma como os enfrentam. O objetivo de hoje é justamente chamar a atenção para essas pessoas e fazer com que surdos e ouvintes percam a insegurança de se comunicarem;, explicou.
O jardineiro Ricardo Gomes Barreto, de 64 anos, nasceu surdo, assim como três dos seus sete irmãos, e contou à Agência Brasil, com a ajuda de Jenaisa, algumas das dificuldades do deficiente auditivo. ;Quando vamos para a rua, procuramos sempre andar acompanhados dos nossos familiares, que também sabem a língua de sinais e se tornam nossos intérpretes, sempre nos ajudando. Sofremos muitas dificuldades, mas aprendemos a nos adaptar a elas. De vez em quando, percebemos que as pessoas fazem piada, mas com o tempo aprendemos a ignorar;, relatou.
Os dados mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que existem 9,7 milhões de brasileiros portadores de deficiência auditiva, representando 5% da população. São 165 mil somente no estado do Rio de Janeiro.
Celebrado no Brasil desde 2008, o Dia Nacional do Surdo tem respaldo especial do Instituto Vital Brazil, ligado à Secretaria de Estado de Saúde, que tem 31 funcionários com deficiência auditiva. De acordo com Werneck, o órgão conta com profissionais surdos há mais de dez anos. ;Esse tipo de atitude do instituto é muito importante", disse ele, porque "abre a cabeça das pessoas para não ter preconceito social. Tem que dar exemplo à sociedade de que o profissional com deficiência auditiva precisa ter seu valor reconhecido;.
Jenaisa da Cruz, coordenadora de um projeto que busca implantar aulas da língua brasileira de sinais (libras) no instituto, contou que ;por muitos anos, a comunicação entre os funcionários era improvisada, nem os próprios surdos sabiam a língua de sinais. Com o tempo, foram aprendendo a falar numa linguagem padrão. Mas ainda há muito que fazer para o desenvolvimento comunicacional dessas pessoas. Nosso projeto está em fase de aprovação e busca financiamento, temos a previsão de conseguirmos 50 participantes entre surdos e ouvintes;, disse.
Também coordenadora no Instituto Vital Brazil, Danila de Brito afirma que os funcionários ficaram muito felizes com a iniciativa. ;É gratificante receber o agradecimento deles. Os deficientes auditivos adoram quando a pessoa mostra interesse por sua vida, sua língua, seus problemas e a forma como os enfrentam. O objetivo de hoje é justamente chamar a atenção para essas pessoas e fazer com que surdos e ouvintes percam a insegurança de se comunicarem;, explicou.
O jardineiro Ricardo Gomes Barreto, de 64 anos, nasceu surdo, assim como três dos seus sete irmãos, e contou à Agência Brasil, com a ajuda de Jenaisa, algumas das dificuldades do deficiente auditivo. ;Quando vamos para a rua, procuramos sempre andar acompanhados dos nossos familiares, que também sabem a língua de sinais e se tornam nossos intérpretes, sempre nos ajudando. Sofremos muitas dificuldades, mas aprendemos a nos adaptar a elas. De vez em quando, percebemos que as pessoas fazem piada, mas com o tempo aprendemos a ignorar;, relatou.
Os dados mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que existem 9,7 milhões de brasileiros portadores de deficiência auditiva, representando 5% da população. São 165 mil somente no estado do Rio de Janeiro.