Brasil

Quadrilha é presa suspeita de aplicar golpe do desconto no IPVA

Homens ofereciam redução nos valores de taxas e impostos, como o IPTU, para roubar senhas. Criminosos gastaram R$ 2 milhões em viagens, festas, armas e drogas

Antonio Temóteo
postado em 30/09/2014 08:46
Malotes com documentos apreendidos pela Polícia Federal: ao menos 500 vítimas foram roubadas
A Polícia Federal prendeu nessa segunda-feira (29/9) pelo menos 18 homens que integravam uma quadrilha acusada de desviar R$ 2 milhões ao aplicar golpes em correntistas de bancos que usam serviços pela internet. O delegado Stênio Santos explicou que o grupo enviava milhares de e-mails oferecendo descontos para o pagamento de Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) e de Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU). Ao acessar o link da mensagem, o correntista era direcionado para uma página falsa da instituição financeira e informava dados e a senha, que eram armazenados pelos criminosos. Além dos endereços eletrônicos adulterados, os bandidos enviavam mensagens com vírus que capturavam os números da conta, da agência e do código de acesso.

Na posse das informações, os integrantes da quadrilha pagavam o valor integral do boleto e desviavam de R$ 400 a R$ 9.999 para conta de laranjas. Quatro suspeitos são moradores do Distrito Federal: dois de Santa Maria, um de Ceilândia e outro de Taguatinga. No Entorno, foram cumpridos 12 mandados. Desse total, nove em Águas Lindas, dois em Valparaíso e um no Jardim Ingá, todas localidades goianas. A Polícia Federal ainda encontrou dois integrantes da quadrilha em São Paulo. Na capital paulista, funcionava um núcleo do bando que acessava contas em todo o país.


Santos detalhou que os integrantes da quadrilha são jovens de classe média e têm entre 20 e 35 anos. Na casa deles, foram apreendidos smartphones, HDs, pen drives, boletos bancários e bens que, segundo a polícia, são incompatíveis com a ;capacidade financeira; dos suspeitos. ;O hacker agia pela internet obtendo as senhas e os dados bancários de clientes de instituições bancárias, dos quais faziam pagamento de boletos, recargas de celulares e transferências bancárias para contas de laranjas;, disse.

Na operação, batizada de IB2K, foram cumpridos oito mandados de prisão preventiva, 10 de prisões temporárias e 35 de busca e apreensão.

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