postado em 06/10/2014 12:33
O volume de água do Sistema Cantareira, o principal manancial de abastecimento de São Paulo, teve nova baixa nesta segunda-feira (6/10), com o nível passando de 6% para 5,8%, o menor de toda a história, segundo o monitoramento diário feito pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).Se depender das condições climáticas, a crise hídrica não será solucionada no curto prazo, embora exista a previsão de volta à normalidade de chuvas. ;O consenso nas discussões climáticas é que as chuvas devem voltar a ocorrer regularmente ainda este mês;, disse a meteorologista Helena Turon Balbino, do 7; Distrito do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
[SAIBAMAIS]Ela, no entanto, informou que até a próxima sexta-feira deve predominar o tempo mais seco sobre as regiões onde ficam as nascentes que alimentam o Sistema Cantareira: sul de Minas Gerais, norte do Estado de São Paulo e Vale do Paraíba. Segundo a meteorologista, o vento soprado do oceano em choque com o aumento da temperatura pode até provocar alguns períodos de instabilidade na próxima quarta-feira (8/10), porém, de fraca intensidade.
A média histórica de acumulado de chuva em outubro é de 130,8 milímetros (mm). Mas, nos seis primeiros dias do mês, choveu bem menos do que em igual período do ano passado, 0,4 mm ante 53,6 mm.
A saída para evitar o racionamento tem sido o uso da primeira cota da reserva técnica, chamado de volume morto, a água que é retirada por bombeamento e que fica abaixo do nível de captação por gravidade. Essa estratégia em operação desde 16 de maio último, quando a reserva útil tinha baixado para 8,2%, deve se esgotar no próximo dia 21 de novembro.
Em razão disso, a Sabesp solicitou autorização para recorrer à segunda cota da reserva técnica. Mas, para avaliar essa liberação, a Agência Nacional de Águas (ANA) exigiu a apresentação de um plano contendo as ações a serem seguidas até abril do próximo ano. O prazo para a apresentação do documento termina nesta segunda-feira (6/10). A Sabesp informou que não iria se pronunciar a respeito. Procurada pela Agência Brasil, a ANA não confirmou o recebimento do plano.