postado em 07/10/2014 06:00
Uma das principais políticas do Rio de Janeiro na área de segurança pública, o projeto das Unidades de Polícia Pacificadoras (UPPs) sofreu mais um revés ontem. O soldado identificado como Camilo, da UPP Camarista Méier, no Complexo do Lins de Vasconcelos, morreu, depois de ser baleado na cabeça no início da tarde de ontem. É o 8; policial vitimado em áreas de UPP em 2014. Aos 33 anos, deixa dois filhos.
[SAIBAMAIS]Dados oficiais, de janeiro a agosto, mostram 12 PMs assassinados em serviço. Se contabilizados os mortos durante folga, o número chega a mais de 70. A morte de Camilo ocorre a menos de um mês depois do assassinato de Uanderson Manoel da Silva, capitão de uma UPP no Complexo do Alemão, baleado em confronto com traficantes em 11 de setembro.
No caso de ontem, uma equipe policial, na qual estava Camilo, patrulhava a área da UPP Camarista Méier por volta das 13h, segundo informações oficiais. Em um determinado momento, os PMs se tornaram alvo de tiros, que atingiram Camilo. Ele foi levado para o Hospital Naval Marcílio Dias, passou por cirurgia, mas não resistiu aos ferimentos. Até o fechamento desta edição, a polícia não havia localizado suspeitos de envolvimento na morte do soldado.
Pesquisador do Laboratório de Estudos da Violência da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), o sociólogo Ignácio Cano afirma que os ataques sofridos pelas UPPs mostram equívocos da política. ;É um projeto que está em crise há algum tempo. Trata-se de um modelo importantíssimo para o Rio, que conseguiu diminuir a violência e o controle territorial dos grupos criminosos com a ocupação. Mas parou nesta primeira fase, a da ocupação;, critica o pesquisador.
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