Brasil

Navio vindo da Guiné expõe a fragilidade do controle do ebola no Pará

Porto de Santarém não possui uma equipe de investigação epidemiológica, alerta MPF-PA

postado em 20/10/2014 15:13
O Ministério Público Federal do Pará (MPF-PA) pediu à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que disponibilize uma equipe de investigação epidemiológica no Porto de Santarém (PA), para que seja feita a vistoria dos navios vindos de países onde há surto de ebola. Santarém é sede de um porto graneleiro de uma grande multinacional do ramo da soja, e recebe muitos navios vindos da África.

[SAIBAMAIS]Na noite de sexta-feira (17/10) chegou à cidade o navio graneleiro Stoja, com bandeira das Bahamas, que antes de chegar ao Brasil passou pela Guiné, um dos países onde o ebola causou mais mortes.

"Restou comprovado (...) que o Município de Santarém não está preparado para o atendimento de casos suspeitos de ebola, seja na ótica do paciente, seja na do profissional de saúde, ou mesmo para proceder à ativação do nível 2 do plano de contingência nacional de prevenção e controle do ebola", diz trecho da recomendação do MPF-PA à Anvisa, feita em parceria com o Ministério Público do Pará (MP-PA).



A notícia da chegada do Stoja levou os santareanos a disseminarem rapidamente mensagens nas redes sociais alertando sobre a procedência da embarcação. Em Santarém, segundo o MPF-PA, não existe equipe de investigação epidemiológica para realizar a vistoria nos navios.

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