postado em 21/10/2014 06:10
O advogado Thiago Húascar deixou de representar o vigilante Tiago Henrique Gomes da Rocha, 26 anos, suspeito de assassinar a tiros 39 pessoas em Goiânia. O defensor abandonou ontem o caso ao alegar que não havia chegado a um acordo financeiro com a família do homem apontado como serial killer. De acordo com o delegado Eduardo Prado, Tiago ;varia muito; e perguntou a policiais se seria crime matar na cadeia. Ele está preso desde a última terça-feira em uma cela isolada na Delegacia Estadual de Repressão a Narcóticos (Denarc).
[SAIBAMAIS]De acordo com Prado, o suspeito é monitorado o tempo todo, principalmente depois de ter tentado se matar na última semana, ao cortar os pulsos com pedaços de vidro de uma lâmpada quebrada. ;Ele perguntou se seria crime matar alguém no presídio, se haveria algum problema. Mas ele varia demais. Ele fez o comentário em uma conversa meio que informal e depois disse que era brincadeira, que não estava falando sério;, disse o delegado. Prado contou ainda que Tiago leu cerca de 50 revistas de domingo para segunda-feira. ;Ele lê de forma diferente. Começa a ler a revista no final e depois vai para o início, de forma rápida.;
O advogado Thiago Húascar afirmou que o ex-cliente se portava normalmente. O comportamento não foi motivo para deixar o caso, acrescentou. ;O motivo foi o contrato entre nós. Não chegamos a um valor, o contrato de honorário de advocacia. A família não teve condições de arcar com o que pedimos. É um processo grande que demanda tempo, estudo e trabalho. Teria quase uma exclusividade toda no processo;, justificou. Huáscar disse que na quarta-feira Tiago deve ser transferido para uma penitenciária, onde também ficará em cela isolada. O advogado disse ainda que a mãe do rapaz, que é auxiliar de um órgão público em Goiânia, já está buscando outro defensor para assumir o caso.
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