postado em 21/10/2014 11:55
Após onze dias, brigadistas e voluntários conseguiram apagar as chamas que destruíram grande área do Parque Nacional da Serra do Cipó, na região central de Minas Gerais, e parte do entorno da unidade de conservação. Segundo o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, os últimos três focos de calor, do lado de fora do parque, foram parcialmente extintos no início da noite dessa segunda-feira (20/10), e a chuva que atinge a região desde o último domingo ajudou a apagar definitivamente o que restou do fogo.A estimativa inicial da Divisão de Monitoramento e Informações Ambientais do Instituto Chico Mendes é que pelo menos 7, 5 mil hectares do parque foram destruídos pelo fogo. A área representa 22% do total da unidade de conservação. Um hectare corresponde às medidas de um campo de futebol oficial. Já na Área de Preservação Ambiental (APA) Morro da Pedreira, localizada no entorno da reserva federal, o fogo consumiu cerca de 7,38 mil hectares.
Ainda de acordo com o Instituto Chico Mendes, a chuva foi rápida, mas suficiente para amenizar o clima seco, derrubar as temperaturas elevadas dos últimos dias e deixar o solo e a vegetação menos propensos ao calor. Com isso, 45 brigadistas do próprio instituto, 41 do Ibama e mais 20 voluntários que atuavam no combate ao fogo ou dando apoio logístico já estão sendo desmobilizados desde o início da manhã desta terça-feira (21/10).
Criado em 1984, o Parque Nacional da Serra do Cipó abrange parte do território das cidades mineiras de Jaboticatubas, Santana do Riacho, Morro do Pilar e Itambé do Mato Dentro. Com 33,8 mil hectares, o parque preserva a enorme riqueza natural nativa da região. Já a APA Morro da Pedreira foi criada em 1990 para ampliar a proteção à fauna e flora local. A área de proteção circunda todo o parque nacional. Juntas, as duas unidades totalizam mais de 100 mil hectares: abrigam algumas espécies de animais ameaçados de extinção, e atraem turistas que procuram paisagens preservadas.
O parque nacional permanecerá fechado à visitação pública até que os danos sejam avaliados e as possíveis causas dos incêndios apuradas.