Brasil

Ministério Público Federal denuncia ligação do PCC com a máfia italiana

As organizações teriam formado uma megaquadrilha para traficar drogas da Bolívia para Europa

postado em 04/11/2014 11:11
O Primeiro Comando da Capital (PCC), facção que atua dentro e fora dos presídios paulistas, se aliou à máfia italiana Ndranbgheta para traficar drogas da Bolívia para Europa. A informação é do Ministério Público Federal. A denúncia sobre a megaquadrilha foi apresentada à Justiça nessa sexta-feira (31/10).

[SAIBAMAIS]Essa é a primeira vez que o MPF cita a ligação entre as duas organizações em uma denúncia - que foi feita após a Operação Oversea da Polícia Federal. As autoridades apreenderam mais de três toneladas de cocaína, R$ 2 milhões em dinheiro e bens no valor total de R$ 30 milhões, entre eles imóveis, veículos e um barco de luxo.

Porto de Santos
A ação foi deflagrada no fim de março e identificou mais de 50 criminosos envolvidos na exportação de cocaína. Para o transporte, o bando chegou a usar o Porto de Santos, em São Paulo. O MPF quer que os denunciados sejam condenados por tráfico internacional de drogas, associação para o tráfico e constituição de organização criminosa.

No último 27 de março, três pessoas foram detidas em flagrante. Com os bandidos, a polícia encontrou mais de 50 quilos da droga. Segundo o MPF, os criminosos foram abordados em Santos. A droga estava escondida em fundos falsos de um carro. Em outra etapa da operação, as autoridades chegaram a encontrar ; 230 mil no quarto de um hotel próximo ao aeroporto de Guarulhos, onde três dos denunciados se reuniram na véspera para concluir o negócio.

Ainda de acordo com o Ministério Público, o dinheiro seria usado para financiar a exportação. Em depoimento à polícia, os bandidos alegaram que o carregamento seria inserido em um navio cargueiro no terminal Deicmar do Porto de Santos. Os criminosos participaram de pelo menos 21 operações de exportação de cocaína.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação