Jacqueline Saraiva
postado em 05/11/2014 09:27
Após ser expedido um novo mandado de prisão imediata, o publicitário Gil Rugai se entregou à Polícia Civil de São Paulo nesta manhã de quarta-feira (5/11). A Justiça negou, nessa terça-feira (4/11), a anulação do julgamento que o condenou pelos assassinatos do pai, Luiz Carlos Rugai, e da madrasta, Alessandra Troitino, e desde então ele era procurado. Rugai havia sido condenado em fevereiro de 2013, a 33 anos e nove meses de prisão em regime fechado. Por decisão unânime, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) determinou a prisão imediata do rapaz, que se mantinha em liberdade graças a um habeas corpus que há cinco anos aguarda julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF). O advogado de Rugai anunciou que recorrerá da decisão do TJSP.
[SAIBAMAIS]A anulação do júri foi pedida pela defesa, alegando que haviam problemas com as provas apresentadas. No entanto, os magistrados consideram como inconsistentes as alegações. O desembargador Luis Soares de Mello Neto explicou que, ;esmiuçadas as teses defensivas e os depoimentos de todas as testemunhas, não se vislumbra, sequer nas minúcias, uma fagulha de prova que possa concretizar-se como evidência de que a decisão dos jurados tenha se dado manifestamente contrária;
Depois de cinco dias de julgamento, em 2013, a sentença de Rugai, que é ex-seminarista, foi lida e transmitida ao vivo para a tevê, tamanha a repercussão do duplo assassinato no seio de uma família de classe média alta de São Paulo. A acusação apresentou provas colocando Rugai na cena do crime, relatando os problemas do jovem com a família e as razões pelas quais poderia ter praticado os homicídios. Luiz Carlos Rugai, 40 anos, e Alessandra de Fátima Troitiño, 33 anos, foram mortos a tiros dentro de casa.
Entenda o caso
O publicitário e ex-seminarista Gil Rugai foi condenado a 33 anos de prisão pelas mortes do pai, Carlos Rugai, e a madrasta, Alessandra de Fátima Troitiño. O crime ocorreu na residência deles, onde também funcionava a produtora de vídeos dele, em 2004, no distrito de Perdizes, zona Oeste de São Paulo. O corpo do casal foi encontrado um dia depois do crime. Um vigia afirmou à época ter visto Gil Rugai sair da casa na noite do crime. Dois dias depois, a investigação da polícia apontou que a produtora de vídeos havia sofrido um desfalque de R$ 100 mil, golpe dado por ele mesmo. Em 6 de abril de 2004, o publicitário se entregou à polícia, mas alegou inocência.